Política

Comissão para adiar eleições presidenciais para 2020 foi criada na Câmara

Temer ficará no cargo até 2020 quando ocorrerá eleições gerais.

eleicao de presidente so em 2020Uma comissão especial foi criada nessa quinta-feira (4), a partir de ato assinado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O colegiado vai analisar uma proposta de emenda constitucional (PEC) apresentada pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que estabelece a simultaneidade nas eleições para todos os cargos majoritários, além da duração de cinco anos dos mandatos para os cargos de presidente da República, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores. Senadores teriam um mandato de dez anos.

Se aprovada, a PEC permite a anulação das eleições presidenciais de 2018 e  mudança da disputa para 2020, ano em que haverá eleição para as prefeituras e câmara municipais. Dessa forma, o atual presidente Michel Temer (PMDB) estenderia o mandato por mais dois anos.

O advogado especializado em direito eleitoral, Ademir Ismerim, afirma que a PEC é legal, embora imoral. O prazo para que mudanças sejam feitas um ano antes da realização das eleições, vigente na atualidade, também pode ser modificado a partir da proposta de modo que a possibilidade legal existe. O problema é que poucos acreditam que este tipo de mudança prosperará dentro do Congresso Nacional.

De acordo com o deputado Afonso Florence (PT), a manutenção de Temer no poder até 2020 seria um novo “golpe” a democracia. “É uma proposta que do ponto de vista de resolução seria objeto da reforma política e todo objeto de resolução da reforma política tem que ser submetido a uma regra de transição. No Brasil, hoje, que tem um governo com um presidente substituto, no poder por conta de um golpe, o objetivo deve ser retomar um governo oriundo da vontade popular. Esse devia ser o fundamento, a prevalência da vontade popular, não é aceitável em nenhuma hipótese não existir eleição, se isso acontece é golpe em cima de golpe. Eu tenho convicção que não tem a mínima sustentação política, isso é um ardil, não vai passar, o povo quer eleição direta, temos que ter o compromisso com a democracia”, disse.

O peemedebista Lucio Vieira Lima nega que a intenção da análise da proposta seja o adiamento das eleições presidenciais.

“A análise da PEC não significa o adiamento das eleições, na verdade não significa nem que esse tema vai ser debatido, é como a PEC da previdência onde o Arthur Maia fez mudanças, muitas mudanças podem ser feitas no processo, não está em discussão isso. Não tem nada disso, é uma proposta para adiantar a reforma política, é uma proposta que teve a admissibilidade aprovada”, explicou.

A proposta do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), estava parada desde 2003. Nessa quinta-feira (4), ela passou a ter tramitação urgente na Câmara. Bocão News.

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