Justiça

Após pegar 30 anos de prisão por morte de pastora, homem é absolvido em nova audiência na Bahia

O homem que foi condenado a 30 anos de prisão em 2016 por matar a pedradas a pastora Marcilene Oliveira Sampaio e a sobrinha dela, Ana Cristina Santos Sampaio, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, foi absolvido em novo julgamento do caso, ocorrido na quarta-feira (6).

Adriano Silva dos Santos passou por novo júri no Fórum de Vitória da Conquista, após ter o primeiro julgamento anulado, a pedido da defesa. Ele era acusado de coautoria dos homicídios e de porte ilegal de arma de fogo, porém foi inocentado de todos os crimes. A promotoria recorreu da nova decisão.

A sessão de julgamento foi presidida pelo Juiz de Direito Reno Viana Soares. Atuaram na defesa de Adriano os defensores públicos Ana Luiza Brito e Gustavo Vieira Soares. Na acusação atuou o promotor de Justiça José Junseira Almeida de Oliveira.

O crime ocorreu no dia 20 de janeiro de 2016. Adriano era apontado pela promotoria como o executor das mortes das vítimas. Segundo a polícia, ele e outro suspeito, identificado como Fábio de Jesus Santos, teriam executado as vítimas a mando do pastor Edimar Brito. Fábio e Edimar também foram presos.

Conforme as investigações, o crime foimotivado por vingança após as vítimas, que eram colegas do pastor, terem saído da igreja dele, depois de um desentendimento, para fundar um novo templo evangélico e levado a maioria dos fiéis.

A pastora, o marido e a sobrinha tinham acabado de sair da igreja que fundaram e seguiam para o sítio onde moravam, quando o carro em que estavam apresentou um defeito na estrada que liga Vitória da Conquista a Barra do Choça.

O marido da pastora e também pastor, Carlos Eduardo, disse à polícia que desceu do veículo para verificar o que tinha acontecido quando foi abordado por três homens que chegaram em outro carro. Entre os suspeitos estava o pastor apontado como mandante do crime.

Segundo a polícia, a intenção dos criminosos era matar toda a família no sítio em que as vítimas residiam. A suspeita é de que Marcilene e os parentes já estavam sendo seguidos desde o momento em que deixaram a igreja. Conforme a polícia, ao perceberem as vítimas paradas na estrada, os suspeitos decidiram agir.

O marido da pastora foi colocado dentro carro dos suspeitos e seguiu pela estrada com um dos criminosos. O outro suspeito e o pastor ficaram ao lado da professora e da prima dela, às margens da rodovia. Em seguida, as duas mulheres foram mortas a pedradas.

De acordo com a polícia, o marido de Marcilene, que estava no banco de passageiro, sob a mira de um revólver, foi agredido várias vezes ao longo do trajeto pelo suspeito, mas conseguiu fugir e acionar a polícia.

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 Foto: Reprodução/Uneb

Além de pastora, Marcilene também era professora da Universidade Estadual da Bahia (Uneb). (G1/BA)

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