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Vale diz que barragem que rompeu não era usada há 3 anos: ‘Desta vez, é uma tragédia humana’, diz presidente

333678O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse em entrevista coletiva que a barragem que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava inativa e sem receber rejeitos há três anos. O acidente foi no início da tarde desta sexta-feira (25) e, segundo o Corpo de Bombeiros, há cerca de sete feridos e 200 desaparecidos.

Principais pontos da entrevista:

– o rompimento foi na barragem da Mina Córrego do Feijão; outra barragem abaixo dela transbordou devido ao aumento repentido do volume;
– a barragem estava sem receber rejeitos há 3 anos, o que reduz o desastre ambiental;
– a tragédia humana será maior que a de Mariana (19 mortos);
– não sabe se a sirene tocou e, mesmo que tivesse tocado, não teria dado tempo de os funcionários escaparem;
– 10 de janeiro foi feita última leitura monitores da barragem;
– o relatório de auditoria feita por uma empresa alemã foi feita em setembro e considerou a barragem estável.

Uma barragem que fica abaixo da barragem da Mina Córrego do Feijão, a que se rompeu, transbordou devido ao aumento do volume. Segundo o presidente da Vale, vazaram 12 milhões de metros cúbicos. “É também importante que a gente saiba que essa é uma barragem inativa. Não estava recebendo rejeitos de mineração”, disse. Ao comparar com a tragédia de Mariana, há três anos, considerada o maior desastre ambiental do país, ele disse considerar que, desta vez, o número de vítimas deve ser maior. Na época, 19 pessoas morreram. Schvartsman declarou que havia recebido relatórios da “estabilidade” da mina. “Daí a nossa surpresa, nosso desalento”, explicou. O presidente da companhia contou que havia cerca de 300 funcionários no local do rompimento da barragem e 100 foram encontrados com vida. A maior parte dos trabalhadores estava no restaurante da Vale. “A maioria dos atingidos é de nossos próprios funcionários. No momento do acidente, tínhamos aproximadamente 300 funcionários no local. Nós não sabemos quantos estão soterrados”, disse Schvartsman, em entrevista coletiva. “Aproximadamente 100 já apareceram”. G1

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