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Pais que não permitirem a aplicação da vacina contra Covid-19 em crianças podem ser penalizados, diz infectologista

A imunização contra a Covid-19 passará a ser incluída no Calendário Nacional de Vacinação a partir de 2024.

A imunização contra a Covid-19 passará a ser incluída no Calendário Nacional de Vacinação a partir de 2024 e priorizará grupos específicos, incluindo crianças. De acordo com a médica infectologista Melissa Falcão, mesmo fazendo parte do calendário, as vacinas não serão aplicadas de forma forçada, mas os pais poderão ser penalizados.

Dentre os grupos com recomendação de prioridade estão as crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos com maior risco de desenvolver as formas graves da doença, como os idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.

“Quanto mais vacinas nós tivermos incorporadas no nosso calendário vacinal, mais protegida nossa população vai estar. A Câmara Técnica de Imunização define quais vacinas farão parte desse calendário básico e como será feita a distribuição, quem será o público alvo, isso tudo baseado em estudos científicos e sendo obrigatoriamente as vacinas liberadas pela Anvisa. Então a mãe quando levar a criança pra tomar a vacina, automaticamente a pessoa que estiver aplicando, vai aplicar a vacina da Covid se estiver naquela idade esperada, porém existe uma diferença. Eu acho que as pessoas estão confundindo a vacinação obrigatória com vacinação compulsória e a força. Ninguém vai ser forçado a tomar a vacina da Covid, a vacina vai ser oferecida na unidade de saúde e os pais tem livre arbítrio para dizer ‘eu não quero que aplique no meu filho’. Caso isso seja dito, a vacina não vai ser aplicada, mas existem as penalidades. O que pode acontecer por exemplo no caso se o filho tem uma poliomielite e não foi vacinado, a família pode ser responsabilizada por não ter tido o cuidado de dar uma prevenção de uma doença que seria prevenível pela vacina, é a mesma coisa da Covid, criança pega Covid e morre por conta da Covid, a responsabilidade de alguma maneira vai estar aí também embutida para os pais”, declarou a médica à reportagem do Acorda Cidade.

Além da vacina contra a Covid-19 que será incluída no Calendário Nacional, a médica destacou que as outras vacinas, continuam sendo aplicadas sem nenhuma alteração.

“Para ser incorporada no calendário tem essa da Covid, mas as outras vacinas continuam sendo aplicadas, então isso vai desde a BCG quando a criança nasce na maternidade, já recebe a BCG, recebe a Hepatite B e depois são as outras vacinas com 2, 4, 6 meses 9 meses, 1 ano. Então o calendário vacinal é bem amplo, constam 20 vacinas básicas, mas tem até 31 vacinas que são disponibilizadas, mas as outras são para casos especiais, isso inclui a vacina de meningite, a vacina de pneumonia, a vacina de catapora, vacina de Hepatite B, a vacina de tétano, difteria, coqueluche, sarampo, rubéola, então uma gama de doenças que estamos sendo vacinados e protegidos”, concluiu.

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