Os quatro pecados de Pelegrino, além da derrota para Diogo
Na avaliação de petistas com trânsito no governo, apesar de se queixar da maneira como deixou a secretaria estadual de Turismo, Nelson Pelegrino cometeu pelo menos quatro pecados:
1. Esqueceu-se de que, pelo acordo firmado no ato de sua nomeação, o tempo previsto para sua permanência no cargo era de um ano, já que entrara no vácuo aberto por um desentendimento na bancada do PR, que continuou pleiteando a posição.
2. Arranjou uma briga que lhe desfavorecia com o presidente da Bahiatursa, Diogo Medrado.
3. Desconsiderando que não era do setor nem nunca militara nele, deveria ter escolhido uma assessoria profissional e técnica que pudesse auxiliá-lo pelo menos no início da gestão, mas preferiu aparelhar o órgão com auxiliares do seu gabinete, tão neófitos quanto ele na área.
4. Como consequência, não conseguiu apresentar qualquer resultado que o diferenciasse dos demais secretários e de antecessores, o que poderia justificar a defesa de sua permanência na secretaria.
A turma do governo também acha que o que mais irritou Pelegrino no episódio da exoneração foi o fato de ter sido sucedido pelo executivo José Alves, amigo pessoal de Diogo Medrado, cujo pai, o ex-deputado federal Marcos Medrado, do PR, trabalhou junto ao presidente do partido, José Carlos Araújo, para nomear. O desfecho mostrou, na prática, que Pelegrino foi derrotado pelos Medrado.
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