Cidades

Fuja da caderneta de poupança e multiplique seu dinheiro com segurança

A forma de investimento preferida dos brasileiros se transformou em uma enganação nos últimos 12 meses. Os ganhos da caderneta de poupança estão sendo corroídos pela inflação, fazendo com que, ao longo do tempo, o poder de compra do brasileiro vá por água abaixo. Um estudo da consultoria Economatica mostrou que quem tem dinheiro na poupança perdeu 1,31% no último ano — diferença entre a rentabilidade e a inflação oficial. Significa que os preços no Brasil subiram mais rápido do que o rendimento da caderneta de poupança nesse período.   Caio Peres, diretor de produtos da corretora XP Investimentos, observa que a poupança é uma aplicação fácil e, por isso, tão popular.
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A pessoa que investe em poupança está ficando pobre e não sabe. A poupança é um mecanismo de investimento muito cômodo. Tem uma facilidade, é muito simples, fácil de entender, de acessar. Só que ela cobra um preço alto por essa comodidade: a rentabilidade dela é muito baixa. Mas se esse investimento tão usado no Brasil está longe de ser o melhor, onde é recomendável guardar? Algumas modalidades de investimentos que são considerados conservadores em que o rendimento pode chegar a ser 75% maior do que a poupança.
 
Além disso, fugir da tradicional forma de guardar dinheiro pode ser mais fácil do que você imagina. O governo federal precisa de dinheiro para financiar gastos. Para isso, capta dinheiro com a população. Qualquer pessoa pode emprestar para a União. Em troca, receberá LTN (Letras do Tesouro Nacional), que é uma espécie de nota promissória, em que o governo se compromete a pagar no futuro uma taxa, que pode ser estabelecida na hora da compra (prefixada) ou no momento do resgate (pós-fixada). Nos últimos anos, foi aperfeiçoada a plataforma do Tesouro Direto.
 
Os investimentos podem ser a partir de R$ 30, feitos pela internet. A única exigência é que o interessado faça um cadastro junto a uma corretora de valores autorizada a vender as LTNs. Será aberta uma conta para ele, como a do banco, em que é possível negociar os títulos. Algumas delas não cobram taxas. Amerson Magalhães, diretor da corretora Easynvest, diz que o importante é ter o hábito de aplicar. “O problema de pensar que não se aplica valores pequenos no Tesouro Direto é que você acaba se acomodando e nunca faz.
 
A vantagem de você ter isso fora do extrato bancário é justamente não enxergar esse valor no dia a dia”. Há quem argumente que os investimentos no Tesouro pagam Imposto de Renda e apontam isso como desvantagem. Não é verdade. Mesmo descontando o pagamento de tributos, a rentabilidade chega a ser 30% maior do que a poupança, que é isenta de IR. Os corretores garantem que os investimentos em LTNs estão entre os mais seguros do mercado, por se tratarem de títulos públicos. O Brasil possui, hoje, grau de investimento.
 
Significa que agências de risco dão uma nota ao País por ser bom pagador. Nesse cenário, a chance de calote é baixa. Os bancos também precisam captar recursos junto à população. Para que possam emprestar dinheiro a quem quer adquirir a casa própria, eles vendem as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e, para financiar produtores rurais, as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). O tomador do empréstimo paga juros ao banco, que remete parte dos ganhos aos investidores que possuem esses títulos. As LCIs e LCAs são negociadas tanto nos bancos quanto nas corretoras. Porém, as corretoras listam opções de diversos bancos, sendo mais fácil comparar a rentabilidade, prazos, etc., conforme explica o diretor da Easynvest. — O nosso papel é tentar a melhor rentabilidade para o investidor.
 
Eu vou buscar nos bancos a melhor rentabilidade, taxas e ofereço tudo para o meu cliente. Isso aparece na tela do computador dele. Muitos investidores preferem LCI/LCA por serem isentos de Imposto de Renda. A desvantagem é que, com o desaquecimento da economia brasileira e com o crédito mais restrito, caíram os financiamentos imobiliários, diminuindo a oferta desses títulos.
 
As letras de crédito costumam ter prazo de aplicação entre seis meses e quatro anos. É o tipo de investimento recomendado para aquelas pessoas que não vão precisar do dinheiro antes da data de vencimento. Há títulos no mercado com aporte inicial a partir de R$ 3.000. Além de crédito imobiliário e agrícola, os bancos também precisam captar recursos para outras linhas de financiamento, como o empréstimo pessoal, por exemplo.
 
Eles fazem isso vendendo CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que podem ser encontrados tanto nos bancos quanto nas corretoras de valores, sendo que essas últimas têm uma oferta maior, com vários prazos e rendimentos. Os lucros recebidos no CDB são tributáveis. Por isso, eles costumam ter uma rentabilidade maior.
 
Há títulos cujo rendimento descontado o Imposto de Renda é maior, inclusive, do que das LCIs e LCAs. Além disso, a tabela do IR é regressiva, ou seja, quanto mais tempo investido, menor a alíquota. Os descontos sobre os lucros são: 22,5% (até 180 dias); 20% (entre 181 e 360 dias); 17,5% (entre 361 e 720 dias); e 15% (acima de 720 dias). Essa regra também vale para os investimentos no Tesouro Direto.

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