Brasil

União Brasil critica PT e defende permanência de ministro das Comunicações

Em nota divulgada neste domingo, 5, os líderes da bancada do União Brasil na Câmara e no Senado criticaram a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, por ter defendido o afastamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, envolvido em situações suspeitas.

Segundo notícias publicadas pela imprensa, ele usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a leilão de cavalos, direcionou emendas de R$ 5 milhões para asfaltar a estrada que circunda uma propriedade de sua família, no Maranhão, e omitiu patrimônio na declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para o deputado Elmar Nascimento (BA) e o senador Efraim Filho (PB), que comandam as bancadas do União Brasil na duas Casas, Gleisi está usando “dois pesos e duas medidas” ao defender o afastamento de Juscelino, afirmando que se fosse alguém do PT, ela defenderia o direito de ampla defesa.

“Lamentamos que Gleisi utilize dois pesos e duas medidas para tratar de assuntos inerentes à vida pública. Quando as atitudes dos seus aliados são contestadas — e não faltaram acusações a membros do PT na história recente do país — a parlamentar prega o direito de defesa. Quando a situação se inverte, prefere fazer pré-julgamentos”, afirmaram os dois, na nota.

“Será que a presidente Gleisi fará a mesma declaração caso um integrante do seu partido seja alvo de ataques? O direito de defesa e a presunção da inocência, pilares do Estado Democrático de Direito, são válidos para Gleisi, Juscelino e todos os brasileiros”, disseram os parlamentares.

Desde o governo de transição, o PT briga pelo comando da pasta, mas perdeu a vaga para o União Brasil, de Luciano Bivar, que tem outros dois ministérios. Aliados avaliam que demitir Juscelino poderia causar desgaste ao governo.

Em entrevista na semana passada à Band News FM, Lula disse que vai conversar com o ministro na segunda-feira 6. “Eu já pedi para o ministro Rui Costa [da Casa Civil] convocar ele para segunda-feira a gente ter uma conversa, porque ele tem direito de provar sua inocência. Mas, se ele não conseguir provar a sua inocência, ele não pode ficar no governo”.

Revista Oeste

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