Saúde

Taquicardia: quando o coração sai do ritmo certo.

O coração é um órgão vital para a sobrevivência e as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de mortes prematuras. O coração, saudável e em situação de repouso, possui uma frequência de batimentos entre 60 a 100 vezes por minuto.

A taquicardia, ou seja, o aumento da frequência do coração, torna-se um problema quando surge de forma repentina e a sensação de palpitação é acompanhada de sintomas como falta de ar, sensação de cansaço, dor no peito, tontura, desmaio, entre outros.

Quando o coração bate de forma acelerada, a função de bombear o sangue rico em oxigênio para todo o organismo fica comprometida. O fenômeno também pode acontecer durante o sono e também é um sinal de alerta. Isso já justifica a visita ao especialista em cardiologia.

Causas, fatores de risco e quando buscar atendimento médico

O ritmo cardíaco normalmente acelera quando o indivíduo pratica exercícios físicos intensos ou em casos de agitação, quando o organismo libera um  neurotransmissor chamado noradrenalina.

Geralmente ocorre em situações de abalo emocional, como susto, pânico, ansiedade, stress e até mesmo, felicidade e paixão. Nesses casos – e de forma passageira – a resposta de aumento da frequência dos batimentos cardíacos é absolutamente normal.

No entanto, a taquicardia também pode ocorrer quando há consumo intenso ou indevido de cafeína, álcool, tabaco ou outras drogas ilícitas.

Se demorar mais de 30 minutos para desaparecer, acontecer mais de duas vezes por semana ou quando surgir junto com outros sintomas, como febre, cansaço intenso, inchaço nas pernas, dor no peito que irradia para o braço esquerdo, falta de ar, dor de cabeça e desmaio, é necessário buscar um atendimento médico o mais rápido possível.

Tipos

A taquicardia varia de acordo com o local de origem do problema. Quando o problema inicia no nó sinusal, a parte do coração responsável pelo estímulo elétrico que tem a função natural de marcar o passo dos batimentos, a taquicardia é chamada de sinusal.

Quando se origina na parte de baixo do coração, no ventrículo (que tem a função de bombear o sangue para sua circulação em todo o corpo), recebe o nome de taquicardia ventricular.

Por fim, existe a taquicardia atrial, iniciada no átrio, que se localiza na área superior do coração. É a parte do órgão que faz contrações e relaxamentos rítmicos em suas paredes para empurrar o sangue de volta ao ventrículo, de forma que ele possa ser bombeado novamente, completando assim o ciclo da circulação sanguínea.

Diagnóstico

Independentemente da origem da taquicardia, os sintomas são semelhantes. Para um diagnóstico preciso, que oriente melhor o tratamento, são necessários alguns exames:

  • De sangue. A análise clínica do sangue é indicada em qualquer anormalidade cardíaca. Com um hemograma ou outros exames específicos, o médico é capaz de analisar o perfil lipídico do paciente, que é constituído pelas dosagens de colesterol total, LDL (colesterol ruim), HDL (colesterol ‘bom’) e triglicerídeos, indicadores da saúde do coração.
  • Eletrocardiograma. Popularmente conhecido como “eletro” e “ECG”, esse exame é simples e mede a atividade elétrica responsável pelo batimento do coração. O aparelho do eletro gera um gráfico que mostra o ritmo e frequência dos batimentos cardíacos do paciente. Normalmente, esse é um exame inicial: para um diagnóstico mais preciso são necessários outros mais sofisticados.
  • Ecocardiograma. Esse é um exame de ultrassom, que gera imagens do coração para uma avaliação mais detalhada pelo médico. Com esse equipamento é possível enxergar o comportamento do órgão e possíveis anormalidades anatômicas.
  • Angiografia coronária. Esse recurso é considerado mais invasivo e é utilizado quando os anteriores não oferecem um diagnóstico conclusivo. Com a ajuda de um cateter, um tubo flexível bem fininho, um contraste é introduzido em um vaso sanguíneo até que a substância alcance o coração. Com a ajuda desse contraste, a visualização da anatomia coronária fica bem mais nítida na radioscopia.

Tratamentos

A taquicardia pode refletir diversas doenças graves, como doenças cardiovasculares, insuficiência cardíaca, pneumonia, tromboembolismo pulmonar, entre outras.

A Rede D’Or São Luiz  possui atendimento especializado de cardiologia para diagnóstico e tratamento adequados para cada caso.

Se a taquicardia for um problema pontual, há medicamentos com a função de controlar os batimentos cardíacos que podem resolver.

Se estiver associada a outras doenças, é necessário usar outros recursos de diagnóstico e tratamento, que podem incluir procedimentos cirúrgicos.

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