Cidades

Somos a universidade da ‘balbúrdia’ e nunca da barbárie, diz reitor da Ufba

JOAO CARLOS SALESO reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, defendeu, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã de hoje (9), que a instituição nunca será um ambiente da “barbárie”, mas sim da “balbúrdia”, se isso significar o trabalho feito na universidade.

Ele citou o argumento usado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, para cortar verbas para Ufba, o que depois foi estendido para todas as instituições de ensino técnico e superior federais.

“O corte foi feito pretexto de ‘balbúrdia’ e insuficiente desempenho acadêmico. Tivemos que ressignificar ‘balbúrdia’ para primeiro reagir.  Nem poderia admitir que um dirigente poderia atribuir a instituição algo dessa ordem pelo lado pejorativo. Nossos pesquisadores começaram a postar fotso nos laboratórios. ‘Tô aqui no laboratório fazendo ‘balbúrdia’. Tô aqui na sala fazendo balbúrdia e tal’. Se isso é balbúrdia, então somos a universidade da ‘balbúrdia’, porque nunca seremos da barbárie. A universidade é um lugar de combate ao preconceito e à violência, por isso que é rica e pessoas que não tenham afinidade não entendem bem e vêem algo indecente”, declarou.

Ele considera que, apesar de todos os efeitos negativos provocados pelo corte de verbas, foi positivo ver a reação da comunidade acadêmica, que se mobilizou e foi às ruas contra a medida.  “O apreço, o carinho e o amor pela Ufba. Isso nos deixou muito alegre nesse processo”, considerou.

O reitor também respondeu à crítica de suposto baixo desempenho acadêmico da universidade. “Indicadores todos mostram que melhoramos, dando continuidade a gestões passadas, em meio à restrição orçamentária que acompanha desde o início da gestão. As avaliações feitas pelo Inep e pelo Capes mostram que nossos cursos melhoraram”, informou.

Metro1

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios