A gravidez é um momento de grandes transformações na vida das mulheres, incluindo diversos aspectos, tais como rotina, hábitos alimentares, cuidados específicos e, é claro, mudanças no corpo. Em se tratando desse último, algumas das alterações são fortemente influenciadas pela questão hormonal.
Os hormônios, por sua vez, podem impactar inclusive a parte mais externa do corpo humano: a pele. O surgimento de estrias, acnes e hiperpigmentação são alguns sinais comuns dessa ação hormonal. O uso de vitamina C para o rosto e de produtos hidratantes, por exemplo, pode ser de grande ajuda nesse momento.
No entanto, é importante salientar que os cuidados com a pele durante a gravidez devem ser supervisionados por um especialista, de modo a evitar o uso de produtos e tratamentos que não são seguros nesse ínterim tanto para a mulher quanto para o bebê.
Quais hormônios afetam a pele durante a gestação?
De modo geral, existem três hormônios essenciais para o bom desenvolvimento do feto e para a preparação do corpo da mulher grávida: o estrogênio, a progesterona e o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG). Cada um deles tem uma ação específica que pode acabar afetando a pele de diferentes maneiras.
O estrogênio é o hormônio sexual feminino que atua tanto no amadurecimento do corpo feminino quanto na preparação desse corpo para a gestação de uma nova vida. Acontece que a elevação dos níveis de estrogênio levam a uma maior vascularização da pele, gerando mais brilho e uma aparência rosada.
Existem casos em que essa elevação da quantidade de estrogênio pode melhorar a pele acneica, deixando-a mais bonita e lisinha. Em contrapartida, existem situações em que a situação é exatamente oposta, na qual a mulher sofre com a presença maior de acnes durante a gravidez.
Já a progesterona, que também é um hormônio sexual feminino, tem como papel tanto a regulação do ciclo menstrual quanto o relaxamento do útero para acomodar o bebê ao longo de nove meses. Isso pode causar uma diminuição da produção de óleo pelas glândulas sebáceas, causando ressecamento na pele.
Por fim teremos o hormônio gonadotrofina coriônica humana, produzido pelas células que formam a placenta, que pode afetar a pele de mulheres gestantes com o desenvolvimento de manchas escuras (cloasma ou “máscara da gravidez”) na testa, bochechas e lábio superior.
Como cuidar da pele durante a gravidez?
Sabendo desses e de outros aspectos que podem alterar a pele durante a gravidez, tais como acne, hiperpigmentação, melasma e estria, é preciso apelar para os cuidados corretos. A adoção e manutenção de um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada, exercícios físicos moderados e ingestão de água, é essencial.
O uso do protetor solar diariamente também é supernecessário tanto para proteger a pele do excesso de radiação como para evitar o desenvolvimento de manchas e da própria hiperpigmentação na pele. No caso do melasma, é interessante verificar com um dermatologista quais produtos estão liberados para serem usados.
A limpeza da pele, especialmente do rosto, também deve ser mantida, mas os produtos usados devem ser não comedogênicos (não obstruem os poros) e mais suaves. Nada de dermocosméticos abrasivos, com ácidos ou retinoides, a não ser que o seu médico tenha liberado o uso.
Ativos como a vitamina C tendem a ser mais seguros em concentrações que variam entre 10 a 20%, podendo ser usados para evitar o ressecamento e a sensibilização da pele. Observe a reação com o uso de tais ativos e, se ficar em dúvida, recorra a um especialista na área.
As estrias, que nada mais são do que fibras elásticas e colágenas que se romperam formando cicatrizes, são um problema comum durante o período gestacional em razão do aumento da barriga para acomodar o bebê e do ganho acelerado de peso. Nesse caso, é importante reforçar a hidratação com óleos e cremes.
