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Sistemas biométricos não são seguros como imaginamos, diz especialista

BIOMETRIANo dia 27 de dezembro de 2014, o pesquisador Jan Krissler disse a uma plateia de hackers, em Hamburgo, na Alemanha, que poderia se passar pela secretária de Defesa do país, Ursula von der Leyen. Ninguém sabia o que esperar. De laptop em mãos, ele recolheu na internet fotos em alta resolução da secretária, colocou as imagens em um software de edição e recortou detalhes que mostravam as mãos de Ursula. Com poucos cliques, recriou uma imagem da digital do polegar da ministra. Em seguida, imprimiu a imagem e a colou em um molde de madeira que imitava um dedo em tamanho real. “Pronto”, disse. Com a imitação, poderia se passar pela chefe da Defesa alemã perante dezenas de sistemas de segurança, de celulares a bancos. Junto dos aplausos, veio a dúvida: seriam os leitores de impressões digitais tão inseguros assim? E os demais sistemas biométricos de segurança? Krissler responde afirmativamente para ambas as questões. “Quase todos os sistemas do mercado podem ser enganados com muito pouco esforço”, diz o pesquisador, em entrevista a VEJA.com. Estudioso da Universidade Técnica de Berlim e da empresa T-Labs, que pertence Deutsche Telekom, uma das maiores companhias da Alemanha, ele se dedica ao assunto há dez anos. Nesse período, tem sido contratado para testar a eficácia de sistemas que reconhecem dados corporais – impressões digitais, padrões de rosto, íris etc. Sua missão é burlar todos. E tem conseguido. Leia os principais trechos da entrevista a seguir.

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