Saúde

Saiba as causas, os sintomas mais comuns e como é feito o tratamento

Com a chegada do verão e das altas temperaturas, muita gente se programa para viajar, curtir praia e piscina. Os dias ensolarados nos convidam a passar o dia em ambientes ao ar livre e, de preferência, de roupa de banho. Seja em frente ao mar, no clube ou até mesmo em casa, alguns cuidados devem ser lembrados para que o período não traga transtorno à saúde.

O clínico geral do Hospital Anchieta, Dr. Fernando Romariz, alerta que a estação quente apresenta um aumento nos casos de infecção urinária, doença causada por bactérias comumente encontradas no intestino, mas que se atingem o trato urinário podem levar ao quadro infeccioso.

O especialista explica as causas da maior incidência no verão, os sintomas, como é feito o diagnóstico e o tratamento. Além disso, alerta para a importância de se procurar um médico nesses casos para evitar complicações.

O número de casos de infecção urinária aumenta nas férias de verão? Se sim, quais os motivos?

Sim, existe um aumento na incidência de infecções urinárias durante o período do verão. A desidratação é a principal causa desse aumento, pois com a elevação das temperaturas neste período, ocorre maior perda de líquidos pelo suor e pela respiração, levando a uma menor produção de urina. As mulheres são mais afetadas principalmente porque possuem a uretra mais curta que os homens, o que facilita a entrada de bactérias até a bexiga.

Além disso, outro fator que contribui para elevar o número de casos é que o verão é uma estação propensa à diversão, com sol, praias, piscinas e, consequentemente, as pessoas passam mais tempo com roupas de banho, o que aumenta a umidade nas partes íntimas, promovendo mudanças na população de bactérias e germes comuns dessa região, causando o desequilíbrio que propicia o desenvolvimento de infecções.

É recomendado o uso de roupas íntimas de algodão, principalmente nos dias mais quentes do ano.

Quais são as causas da enfermidade?

As principais causas de infecção urinária são a higiene precária das partes íntimas, principalmente do períneo –  região situada entre a vagina e o ânus -, já que a imensa maioria das bactérias que causam infecção urinária é proveniente do intestino; relação sexual, pois facilita a entrada de bactérias na uretra, ocorrendo a migração delas até a bexiga; pouca ingestão de líquidos, principalmente no verão; uso de roupas íntimas feitas com material sintético; e o uso de produtos para higiene íntima que alterem a população de bactérias que existem normalmente na região íntima.

Quais são os sintomas que indicam uma infecção urinária?

Ardência ao urinar, ir várias vezes ao banheiro em intervalos curtos, urina com odor forte, sensação de bexiga sempre cheia e dores no “pé da barriga”. Nos casos em que a infecção atinge os rins, os pacientes podem sentir febre, calafrios, dor nas costas e apatia.

O que fazer no caso de sintomas? Como é feito o diagnóstico?

Assim que os sintomas começarem, aumente a ingestão de líquidos e procure imediatamente um médico. O diagnóstico é feito, geralmente, por meio dos sintomas relatados pelo paciente, exames laboratoriais ou de imagem. Nos casos em que haja suspeita de infecção urinária que acometeu os rins, os exames complementares são importantes para definir o tratamento mais adequado.

O tratamento é feito com antibióticos? Existe algum outro indicativo?

O tratamento sempre é feito com antibiótico. Outros medicamentos podem ser usados como coadjuvantes em algumas situações, principalmente nas pessoas que apresentam infecção urinária de repetição (ou seja, mais de três casos ao ano), tais como: extrato de Cranberry, extratos de bactérias para melhorar a imunidade e uso de tratamento hormonal local em mulheres na menopausa.

Se não tratada, pode evoluir para algo mais sério?

Sim. Se ocorrer atraso no diagnóstico e no tratamento, a infecção urinária pode evoluir para complicações mais sérias, como infecção nos rins (pielonefrite aguda) e até infecção generalizada e morte. Felizmente, a maioria dos casos é de cistite (infecção da bexiga), que responde muito bem ao tratamento rápido e eficiente.

As crianças também podem desenvolver a doença? Quais os sinais que os pais devem ficar atentos?

Sim, elas também podem desenvolver a doença. Os sintomas podem ser febre e moleza (principalmente em bebês e crianças menores), dor e ardor ao urinar, dor na bexiga e dificuldade para controlar a urina, mais frequentemente em crianças maiores.

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