Sacerdote diz que 50% dos padres chilenos são ‘gays’
O padre Héctor “Tito” Rivera, acusado de estuprar um fiel na Catedral de Santiago, afirmou, durante entrevista na noite desta quinta-feira (14), que “50% dos sacerdotes chilenos são gays”. Rivera disse ao programa “Mentiras e Verdades”, de um canal chileno, que a Igreja é um ambiente favorável para as práticas homossexuais. E mesmo com o celibato, “o ser humano está destinado a praticar atividade sexual. “É impossível não fazer”.
“Ouso dizer que 50% dos sacerdotes chilenos são homossexuais”, enfatizou. Atualmente, o padre está proibido de exercer qualquer atividade religiosa no ministério sacerdotal durante 14 anos. A sentença foi dada após Rivera ser julgado em um processo canônico em 2018.
Em 2015, ele foi acusado de drogar e estuprar Daniel Rojas, um homem que havia ido até a Igreja para pedir ajudar para comprar remédios para sua filha. No entanto, o padre teria conduzido ele até o segundo andar do local, onde o drogou e o estuprou. O religioso nega.
“Eu me arrependo de não ter ouvido a minha mãe que nunca quis que eu fosse padre. Eu tinha relações homossexuais, mas nunca forcei ninguém a fazer isso, embora eu não me reconheça como um homossexual”, explicou.
Para Rivera, a Igreja vive uma “crise moral”. A declaração foi dada no momento em que o papa Francisco enfrenta inúmeros escândalos sexuais que abalaram a imagem da Igreja em diversos países como Chile, Austrália, Estados Unidos e Irlanda. De acordo com a Conferência Episcopal do Chile, pelo menos 42 sacerdotes e um diácono foram condenados pela justiça civil ou canônica por abusos sexuais a menores.
ANSA