Na Manhã do dia 29 de setembro 2008, o senhor Nilo Santana dos Santos, 66, morador de Mutuípe, não escondia a alegria .
“A vassoura de bruxa prejudicou muito a gente. Agora temos mais esperança. Esperamos que a nossa produção melhore”, disse o pequeno agricultor, se referindo à doença que fez a produção de cacau despencar na Bahia, levando ao abandono de muitas propriedades e resultando numa grave crise econômica e social no interior do estado.
Há mais de trinta anos sobrevivendo da agricultura, ele seria um dos beneficiados pelo viveiro de produção de mudas de cacau clonado, essências, florestais e frutíferas tropicais, inaugurado no município.
Esta ara a vigésima unidade implantada pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) que, até o final do ano 2008 ,investiria R$ 2,3 milhões no projeto.
O então presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mutuípe, Gildásio dos Santos, disse que o investimento do Governo do Estado ajudaria os agricultores na superação do problema da decadência do cacau, causado pela praga da vassoura de bruxa.
“De fato vamos aumentar a renda do município, apostando na inovação e utilização de material de qualidade na lavoura. Ganhamos muito com a instalação do viveiro”, comemora Gildásio.
Mais de 4 anos depois o projeto: Viveiro de distribuição de Mudas, uma parceria entre o Governo do estado, prefeitura Municipal e Instituto Biofábrica de cacau, está completamente abandonado. Mudas não existem mais, a vegetação tomou conta do espaço e o produtor rural que antes enxergava o viveiro como solução, agora sofre com o desperdício de dinheiro publico.
No momento em que o produtor rural passa por uma imensa dificuldade para produzir e vender o seu cacau em Mutuípe, o viveiro seria importantíssimo para incentivar o produtor rural de nossa cidade.
Foto/Redação: Lukas Alves