Cotidiano

Mulher de marqueteiro envolve Mantega em negociação de caixa 2

GUIDO MANTEGAMonica Moura, mulher do marqueteiro da campanha de Dilma João Santana, disse ontem a procuradores federais que Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, participou do pagamento de caixa 2 durante a jornada para reeleição. Como informado pelo Jornal O Globo, Monica afirmou que Mantega se reuniu com ela e indicou executivos de empresas que deveriam ser procurados para ela receber o dinheiro, sem que passasse por contas oficiais do PT.

De acordo com Monica, mais de 10 milhões de reais teriam sido pagos dessa forma, uma prática antiga que, como a mesma informa, teria acontecido nas campanhas presidenciais pela eleição de Dilma (2010), e pela reeleição de Lula (2006), além das campanhas municipais de Fernando Haddad (2012), Marta Suplicy (2008) e Gleisi Hoffmann (2008). Mantega

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O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, reconheceu que em entrevista ao Jornal O Globo que o ex-ministro se encontrou com Monica Moura, mas negou que tenham tratado de logística de pagamento de caixa 2 de campanha. Segundo ele, “foram duas ou três conversas, jamais no ministério (da Fazenda). Se ele conversou com Monica em algum momento, foi somente quando indagado sobre dados técnicos e econômicos para elaboração de produtos de comunicação para a campanha. Quem tratava de recursos era o tesoureiro”, disse.

Segundo Monica, a Odebrecht pagou R$ 4 milhões em dinheiro para a campanha de Dilma em 2014, não registrados nas contas oficiais de campanha. Os valores teriam sido entregues diretamente para ela e usados para pagar fornecedores na área de comunicação. Ela afirma poder indicar, também, as empresas responsáveis pelos outros R$ 6 milhões recebidos por ela e usados para o mesmo fim.

As informações dadas por Monica deram um novo rumo à investigação, que em junho passado encontrou a sigla GM em anotações em um dos celulares apreendidos com o executivo Marcelo odebrecht, também preso pela operação Lava Jato. Segundo o relatório da Polícia Federal, há uma referência a um pagamento de 27 milhões de reais para a sigla que “pertence, possivelmente, a Guido Mantega”, lê-se. O advogado do ex-ministro negou reconhecer a sigla.

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