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Motivação da chacina de ciganos é revelada

Mandante do crime está com mandado de prisão em aberto.

A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia revelou a motivação da chacina de ciganos, ocorrida em Jequié, em 5 de outubro de 2023.

Nesta terça-feira (5), exatamente cinco meses após o crime, foi deflagrada a Operação Hera, que resultou em três suspeitos presos.

O que diz a delegada-geral sobre a motivação da chacina

Conforme Heloisa Campos de Brito, a motivação da chacina teria sido uma vingança, após a apreensão de um gado, comprado de forma ilícita e que gerou prejuízo para o mandante, no ano de 2016.

“Esse possível mandante teria tido um gado comprado de modo ilícito, que foi apreendido, e ele atribui a perda desse gado e a investigação policial que ele sofreu naquela época a esses membros dessa família cigana”, afirmou a delegada.

O mandante e a vítima tinham ligação, “Todos pertencem à comunidades ciganas que ficam em Inhambupe e Alagoinhas”, revelou ela.

Presos estão envolvidos em outros crimes

Os três presos também estão envolvidos na morte de mais cinco pessoas, quatro delas ciganos em Feira de Santana, assassinados em agosto de 2023. No total, a pistola 9mm, encontrada enterrada na zona rural, foi usada 11 vezes. O mandante está com mandado de prisão em aberto e deve ser preso a qualquer momento. Durante o curso da investigação, cinco armas foram apreendidas.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Jequié, Feira de Santana, Alagoinhas, Camaçari e Maetinga.

A Operação Hera foi coordenada pelo Departamento de Polícia do Interior (DEPIN), e Coordenação de Operações e Recursos Especiais, com apoio do Cati/Sede-Depin, Norte, Central e Sudoeste e Corregedoria da Polícia Militar da Bahia, no total, foram empregados cinquenta policiais.

Cinco armas foram apreendidas, motivação da chacina foi revelada
Cinco armas foram apreendidas durante investigação. — Reprodução

Quem são as vítimas?

As vítimas foram identificadas por Suilan Cabral Barreto, 35, Maiane Cabral Gomes, 45, Elismar Cabral Barreto, 23, Natiele Andrade de Cabral, 22, que estava grávida, Lindivoval de Almeida Cabral, 66 e a criança, Laiane Andrade Barreto, a criança de 04 anos, morta com um tiro no peito, sentada numa cadeira. Suilan foi sepultada em Gandu, em janeiro de 2024, a demora para a liberação do corpo, se deu por questões documentais, o que necessitou de autorização judicial.

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