Cidades

Lula discutiu contratos de navios-sonda com Bumlai e presidente da Sete Brasil, diz delator

LULA - PTApontado como operador do PMDB no esquema de desvios da Petrobras, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou em depoimento de delação premiada que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ao menos duas vezes com o pecuarista José Carlos Bumlai e como o presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz, para tratar de negócios intermediados por ele, em nome do grupo OSX, do empresário Eike Batista.

Segundo informações do  jornal O Estado de São Paulo, as reuniões ocorreram no primeiro semestre de 2011, no Instituto Lula, em São Paulo.

Os encontros teriam antecedido a cobrança de R$ 3 milhões por Bumlai para, supostamente, pagar uma dívida de imóvel de uma nora do petista. “Essa reunião foi efetivamente realizada em São Paulo no final do primeiro semestre de 2011”, disse Baiano, complementando em seguida: “Antes dessa reunião, o depoente encontrou João Carlos Ferraz e Bumlai. Esse encontro ocorreu em um restaurante italiano embaixo de um flat, onde almoçaram”, relatou, em menção ao restaurante Tatini, no Jardim Paulista.

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Ferraz era ex-funcionário da Petrobrás e foi o primeiro presidente da Sete Brasil, criada pela Petrobrás com bancos e fundos de pensão, para contratação de 28 navios-sonda pelo valor de US$ 22 bilhões. Em delação premiada, Ferraz e outro ex-executivo da empresa, Eduardo Musa, afirmaram que esses contratos envolveram propina de 1%.

De acordo com o ex-gerente de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, parte desse dinheiro foi para os cofres do PT. Ainda de acordo com Baiano, Lula teria falado em “dar mais velocidade” aos assuntos da empresa. “Ferraz disse que Lula foi bastante amável com ele e teria assumido o compromisso de ajudar a dar mais velocidade nos assuntos da Sete Brasil, para viabilizar uma consolidação mais rápida da indústria naval brasileira”, afirmou o lobista.

BBC Brasil

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