Cotidiano

Lúcio abre diálogo com Caetano e Roma, mas prega cautela no MDB para 2022

O ex-deputado Lúcio Vieira Lima, principal cacique do MDB na Bahia, tem mantido conversas regulares e reservadas com lideranças dos três principais grupos políticos baianos do momento. Contudo, vai aguardar uma definição do cenário atual para escolher com quem vai marchar na eleição de 2022. A meta do partido a priori não é conseguir vagas em chapas majoritárias e sim reforçar as chapas para o legislativo.

Nos bastidores que ele se reuniu na semana passada com o secretário de Relações Institucionais do Estado, Luiz Caetano, que já costura alianças nos bastidores para o grupo do senador Jaques Wagner – potencial candidato do PT ao Governo do Estado. O encontro foi na casa do vereador Henrique Carballal (PDT). O saldo da conversa foi nada além de sondagens e projeções do Palácio de Ondina para uma eventual coligação.

Há cerca de 50 dias, Lúcio também se reuniu em Brasília com o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos). Este, por sua vez, também pavimenta a própria candidatura e está cada vez mais empolgado ao aparecer bem posicionado nas pesquisas. Os dois vêm dialogando desde então.

Além destes, o líder emedebista também está aberto a negociar com o ex-prefeito de Salvador e potencial candidato do DEM, ACM Neto. Acreditava-se nos bastidores que o partido estaria naturalmente inclinado a fechar com o herdeiro carlista, uma vez que fez parte da base do prefeito Bruno Reis (DEM) na eleição de 2020. Contudo, a chegada de Roma bagunçou o jogo. O republicano tem o mesmo perfil de eleitor do ex-padrinho e virou uma ameaça real para os democratas. O MDB baiano prefere esperar.

A indefinição na esfera nacional também é um empecilho para que o partido feche com alguém. Além da disputa já colocada entre Jair Bolsonaro (Sem Partido) e Lula (PT), há dúvidas a respeito da viabilidade de uma terceira via – com Ciro Gomes (PDT) ou outro candidato – e também sobre as regras eleitorais. A ameaça do voto distrital, por exemplo, é uma das principais preocupações da legenda, já que pode dinamitar a relevância dos partidos e criar uma eleição focada exclusivamente na imagem pessoal dos candidatos.

Apesar de afirmar publicamente que não quer mais saber de política, Lúcio está mais atuante do que nunca.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios