Cotidiano

Golpes no WhatsApp estão em alta no Brasil

Com o aumento da popularidade de certas plataformas digitais, vem também o crescimento do seu uso para fins fraudulentos. É o que tem ocorrido com o WhatsApp no Brasil, segundo um estudo feito pela companhia de cibersegurança PSafe, em 2020.

De acordo com os dados da pesquisa, só em outubro daquele ano, havia sido mais de 450 mil vítimas de clonagem ou falsificação de contas no aplicativo – o equivalente a 15 mil pessoas por dia.

Em geral, os golpes se dão com a chegada de mensagens maliciosas aos usuários, trazendo promessas de ganhos financeiros ou ameaças criminosas que levam a vítima a baixar arquivos infectados, que passam o controle do aplicativo aos hackers.

Em relatório de seu aplicativo de segurança, o dfndr security, a PSafe aponta ainda que, para além do WhatsApp, tentativas de fraude em dispositivos móveis somaram mais de 3,6 milhões casos de janeiro até maio de 2022, um número quase 50% maior que o mesmo período no ano anterior.

Quais os principais golpes e o que fazer para não ser vítima deles

Para não cair nesses golpes, os usuários devem conhecer as estratégias mais comuns dos criminosos (e como evitá-las). Abaixo estão as 3 principais.

1 – Violação por meio de Wi-Fi público

As redes Wi-Fi públicas são altamente vulneráveis e possibilitam que hackers usem delas para coletar dados dos usuários, como credenciais de redes sociais, e invadir suas contas – inclusive do WhatsApp.

Uma maneira direta de não correr esse risco é simplesmente não usar esses hotspots públicos. Quando isso não for conveniente, pode-se também instalar uma VPN no iPhone ou Android. As VPNs são programas capazes de criptografar a conexão e, com isso, podem impedir que terceiros não autorizados ganhem acesso às informações trocadas por meio da rede, tornando-as mais seguras e privadas.

2 – Clonagem de WhatsApp

Para clonar contas no WhatsApp, os criminosos se apresentam à vítima como sendo parte de uma empresa ou serviço conhecido por ela, trazendo alguma proposta irrecusável. A seguir, enviam uma solicitação ao WhatsApp usando o número do usuário, fazendo-se passar por ele. Então, pedem que o usuário diga os 6 dígitos fornecidos pelo WhatsApp e, assim, ganham acesso à conta.

Para escapar dessa armadilha, há duas coisas a se fazer. Primeiro, deve-se ter uma postura cética diante de ofertas boas demais para ser verdade e nunca abrir links ou arquivos de contatos desconhecidos. Segundo, o usuário deve habilitar a verificação de duas etapas do WhatsApp, já que a função impossibilita o acesso à conta sem uma senha definida pelo usuário.

3 – Uso de contas falsas

Nesse golpe, os cibercriminosos criam contas falsas simulando o perfil da vítima, isto é, com mesma foto, status e nome. Em geral, eles enviam mensagens aos familiares do usuário, alegando que mudaram de número, estão passando por alguma urgência e, logo, pedem dinheiro emprestado.

Ao receber uma mensagem do tipo, aconselha-se que os usuários busquem o perfil original da vítima e verifiquem a veracidade do texto. Já caso o perfil falso tenha sido feito com seus dados, deve-se registrar boletim de ocorrência e alertar a operadora telefônica sobre o uso do número para práticas ilícitas.

Em todos os casos, manter a calma e o ceticismo é essencial.

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