Amargosa

Família diz que vai processar hospital de Amargosa após morte de gestante de 17 anos

Jovem esperava uma menina, família diz que houve negligência médica.

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Foto: arquivo pessoal Facebook

Uma adolescente de 17 anos, identificada por Tailane Santos, moradora do município de Amargosa, acabou morrendo devido às complicações que sofreu no parto.

Segundo as informações do jornalista Gil Rocha, a gestante foi ao hospital municipal sentindo fortes dores na segunda-feira (30), e perdendo líquido, após ter ficado no soro foi liberada, na quarta-feira não conseguiu atendimento, na quinta-feira (2), a adolescente fez um ultrassom com um médico particular que segundo a família se chama Dr. Aécio, esse recomendou que fosse feito o parto urgentemente, levada novamente ao hospital ela foi transferida com urgência a um Hospital Regional em Santo Antônio de Jesus – HRSAJ, onde passou por um parto de emergência, somente a criança conseguiu sobreviver.

A jovem teria passado por todo o acompanhamento, feito inclusive o pré-natal o qual não apontava complicações na gestação.

Após o falecimento, a família decidiu ingressar com uma ação na justiça contra a unidade de saúde local, eles alegam que se a jovem tivesse passado por um parto no momento em que foi atendida, não teria falecido. Ainda segundo um familiar identificado por Raimundo Sampaio, ela teve que ter o útero retirado e perdeu muito sangue.

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Foto: Gil Rocha

“Se foi erro médico nos querermos saber, nós acreditamos em erro médico, pois estava tudo certo, ela trabalhou até os últimos dias, estava tudo bem” disse o familiar. O senhor Raimundo informou que não procurou mais o hospital após o falecimento da sobrinha, ele disse ainda que uma assistente social da prefeitura se disponibilizou para pagar os custos funerários, mas não foi aceito, “a família sofrendo muito com essa perda”, finalizou ele.

Entramos em contato com o serviço social do Hospital de Amargosa, nesta terça-feira (7), recebemos o comunicado, veja a seguir.

NOTA DE ESCLARECIMENTO – 6 DE NOVEMBRO

Sobre o caso da paciente T.S.S., que foi a óbito no Hospital Maternidade Luiz Argolo, no dia 1º de novembro, a Secretaria de Saúde de Amargosa esclarece que:

No último dia 24 de outubro, a gestante T.S.S. deu entrada no Hospital Municipal de Amargosa, às 09h08, relatando dor em baixo ventre, negando perda de líquido e sangramento. A paciente foi prontamente acolhida e atendida pela emergência de nossa unidade, avaliada pelo médico plantonista e enfermeira obstetra que, através da ultrassonografia solicitada, confirmaram que a gestante não estava em trabalho de parto naquele momento. Após avaliação, a paciente recebeu todos os esclarecimentos sobre os sinais efetivos sobre o trabalho de parto e, depois de medicada, apresentou melhoras e teve alta médica.

No dia 26 de outubro, às 13h17, T.S.S. deu entrada novamente no HMA, acompanhada por familiar no momento da admissão, com queixa de cólicas e perda de liquido, levando resultado de ultrassonografia que indicava oligodrâmnio (pouco líquido amniótico). Ela foi avaliada por médico plantonista e internada imediatamente, tendo sua regulação solicitada às 13h58.

Às 14h52 o Sistema de Regulação Estadual (SISREG) autorizou a regulação da paciente para o Hospital Maternidade Luiz Argolo, sendo a mesma encaminhada para a unidade acompanhada por familiar e por profissional de enfermagem do HMA. Vale salientar que a regulação não depende diretamente do Hospital Municipal de Amargosa, sendo necessário aguardar o parecer do SISREG.

A Secretaria de Saúde destaca ainda que a regulação foi realizada devido ao risco apresentado para o bebê, uma vez que foi detectada a perda de líquido amniótico, mas este nasceu sem maiores riscos e está bem.

Salientamos ainda que o óbito da gestante ocorreu no Hospital Maternidade Luiz Argolo. Ao deixar a unidade do Hospital Municipal de Amargosa, ela não apresentava sinais de risco.

A Secretaria Municipal de Saúde está apurando junto ao Hospital Maternidade Luís Argolo as causas da morte de T.S.S e aguarda o diagnóstico da paciente, ratificando que o Hospital Municipal de Amargosa prestou toda a assistência necessária dentro de sua estrutura durante permanência da paciente.

Ressaltamos ainda que o HMA sempre preza pelo cuidado na assistência a seus usuários. Dispomos de uma sala exclusiva de parto, devidamente equipada com todos os aparelhos necessários, além de equipe médica e de enfermagem capacitada para realização do parto natural.

Desde a inauguração do Serviço de Parto Normal do HMA, em 30 de maio de 2017, até o dia 1º de novembro de 2017, foram realizados na unidade 164 partos naturais sem nenhum tipo de complicação, incluindo partos prematuros.

Enfatizamos que Secretaria de Saúde de Amargosa, juntamente com a direção do hospital, encontra-se à disposição dos familiares da T.S.S. para quaisquer esclarecimentos sobre o caso.

Prestamos nossas mais sinceras condolências a todos os familiares e amigos da paciente, reafirmando o compromisso buscar sempre oferecer a melhor assistência de saúde à população de Amargosa.

 

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