Cotidiano

Estudo na Paraíba vai aprofundar pesquisas sobre microcefalia

microcefaliaParceria  foi feita com o Ministério da Saúde e Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos.

Começa nesta terça-feira,16, na Paraíba um estudo conduzido em parceria com o Ministério da Saúde e Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos, para estimar a proporção de bebês com microcefalia associada ao zika, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A pesquisa deverá avaliar 800 pacientes e terá como ponto de partida a coleta de informações sobre gestantes que tiveram bebês com a má-formação e mães que tiveram bebês sem o problema.
 
Para cada caso de má-formação, serão avaliados outros três da mesma região que não possuem a doença. Com a estratégia, integrantes do estudo pretendem averiguar o risco de infecção pelo vírus e responder uma pergunta que, desde que o aumento de casos foi identificado no Brasil, atormenta especialistas: qual o risco de uma mulher infectada pelo vírus durante a gestação ter um bebê com a má-formação? Quais outros fatores podem estar relacionados com aumento de casos? A microcefalia é uma síndrome que leva bebês a terem problemas de cognição, de locomoção e audição. Até o ano passado, era considerada uma doença rara, provocada por problemas genéticos e infecções da mãe durante a gestação, como citomegalovírus, toxoplasmose, herpes, sífilis.
 
Os casos também estavam associados a alcoolismo da gestante e uso de drogas. Desde setembro, no entanto, os registros de bebês nascidos com problema aumentaram de forma expressiva, levantando à suspeita de infecção da gestante por zika – o vírus chegou ao Brasil ano passado, provocando, já nos primeiros meses, uma epidemia no Nordeste – justamente a região que, meses depois, começou a apresentar aumento de nascimentos de bebês com a má-formação. Os integrantes do estudo deverão realizar nas gestantes exames de zika e outras doenças, para tentar verificar quantos casos estão de fato associados ao vírus e quantos a outros fatores, que tradicionalmente já eram conhecidos.
Veja também
Presidente Tancredo Neves registra óbito por microcefalia, diz SESAB
Líderes religiosos defendem debate sobre aborto em casos de microcefalia
Apontadas como culpadas por microcefalia, mães são abandonadas pelos maridos
 
O trabalho deverá ser feito em 50 dias. Paraíba é o segundo Estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia no País, atrás de Pernambuco. Com informações do Estadão Conteúdo.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios