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Em período mais quente do ano, 4 cidades da Bahia registram mais de 40 ºC

TERMOMETRO - CALORA comerciante Iraci de Souza, 60 anos, tem hora marcada para tomar banho – entrar no chuveiro só de manhã bem cedo ou no período da noite. Durante o dia, com o sol a pino, nem pensar. “A gente entra e a água tá pegando fogo. Tem que deixar para tomar banho em uma hora mais fresca”, conta. Iraci mora em Bom Jesus da Lapa, no Oeste do estado, uma das quatro cidades baianas que registraram temperaturas acima de 40 °C nas últimas duas semanas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no último dia 5, os termômetros chegaram a registrar 41,3 °C na cidade. No dia anterior, o calor também foi grande em Ibotirama e Santa Rita de Cássia, ambas atingindo 40,8 °C .

Uma semana antes, no dia 26 de setembro, Carinhanha sofria sob o calor de 40,2 °C . “Está todo mundo queimado do sol por aqui. O pessoal usa blusa de manga comprida e sombrinha para se proteger do sol”, comenta Iraci. Outras cidades do Oeste também têm registrado calor excessivo nos últimos dias: Correntina, Barreiras, Buritirama e Barra tiveram máximas acima de 39 °C no dia 4.

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Apesar de se tratar de um fenômeno comum nessas cidades, a impressão dos moradores é de que o calor se agravou nos últimos anos. “O sol chega a cozinhar a gente. Sempre fez calor por aqui, mas nos últimos anos parece que ficou mais quente”, diz a auxiliar de escritório Vilma de Oliveira, 24, de Santa Rita de Cássia. Segundo Heráclio, a impressão da população se deve ao encurtamento do período das chuvas, que esse ano acabou em fevereiro, dois meses antes do normal. “Em 2015, como o período de chuva terminou mais cedo, o período de estiagem foi maior. Mas não temos esse histórico de que a temperatura vem crescendo.

Ela se mantém estável nos últimos cinco anos”, aponta. O tempo seco também contribui para o aumento no número de queimadas na região. Do início de agosto até a última quinta-feira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 2.710 focos de calor na área afetada. “Além das altas temperaturas e da ação de caçadores e agricultores, o bioma cerrado agiliza o processo, já que muitas espécies precisam dos incêndios para florir, então, os focos de incêndio acabam ocorrendo mais rápido”, conta Fabíola Cotrin, coordenadora do programa Bahia sem Fogo.

Mais de 70 pessoas, entre técnicos do Inema/Sema, bombeiros e brigadistas voluntários atuam no combate aos incêndios através do programa. Segundo Heráclio, o período de chuvas deve começar em breve, a partir da segunda quinzena deste mês. “Quando as frentes frias do Sul do país e a umidade que vem da Amazônia chegam ao mesmo tempo naquela região, somado às temperaturas altas, inicia-se o período de chuvas. Com elas, essas temperaturas ficam mais amenas”, afirma o meteorologista, para alívio de quem anda sofrendo com o calor.

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