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Em encontro virtual do PT, Wagner fala de base unida, ataca DEM e defende estratégia para 2022

Em encontro virtual na noite desta segunda-feira (7), o senador Jaques Wagner discursou diante de mais de 400 convidados, entre representantes do partido e parlamentares, e reforçou a confiança em ter a base unida na Bahia em 2022 e a estratégia que deve ser adotada.

Sem poupar críticas à condução que o governo Bolsonaro faz da pandemia, o ex-governador disse confiar na relação consistente com o PP e PSD na Bahia, apesar de reconhecer que o PDT já está alinhado ao DEM, e acredita que a base não terá mais perdas até a eleição.

“Quadro na Bahia e Brasil é extremamente positivo pra a gente. De nosso grupo político, apenas o PDT, que já vez acordo com o DEM, eu não acredito nenhuma defecção dos partidos, seja de centro, seja de esquerda. Conversas com PSD e PP estão muito consistentes, e chegaremos muito fortes na eleição”, disse Wagner.

No cenário nacional, o ex-ministro também se mostrou otimista. Segundo o petista, Bolsonaro foi eleito em um momento de “desespero da população” e “raiva inoculada” do PT e da figura de Lula, tudo agravado pela crise econômica que afetou o mundo inteiro.

Os partidos de “direita” que antes rivalizavam diretamente com o PT e apoiaram o “golpe” contra Dilma Roussef, agora já não tem mais força. “Eles estão virando pó”, disse sobre o DEM e o PSDB.

Participaram do encontro remoto o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, os deputados estaduais do PT, Marcelino Galo, Jacó e Osni, os presidente da sigla na Bahia e na capital, Eden Valadares e Ademário Costa, o prefeito de Amargosa, Júlio Pinheiro, além de outros vereadores e ex-prefeitos.

“O DEM tá virando partido arcaico, antigo, praticamente só ligado com o grande agronegócio, com uma visão profundamente retrógrada e conservadora. E o PSDB tá caindo pelas tabelas. Eles que tentaram nos destruir acabaram, de certa forma, destruídos”, disparou o senador.

O racha na direita, segundo Wagner, vai resultar em duas composições de chapa. Uma em apoio ao atual presidente e outra que vai apoiar Ciro Gomes. Essa divisão pode beneficiar justamente a esquerda, que deve concentrar as atenções e os votos em Lula.

Wagner destacou a responsabilidade do PT em tentar barrar as propostas que tramitam hoje no Congresso, como a venda da Eletrobras, a reforma administrativa e a nova Lei de Licenciamento Ambiental – apesar de saber que a oposição hoje está em ampla minoria. Para isso, destaca a “importância” de compor uma chapa forte e buscar conquistar mais cadeiras em 2022.

Esta é a mesma percepção do deputado federal Jorge Solla, secretário de Saúde da Bahia no governo de Wagner. Empolgado com a possibilidade do retorno do “galego” ao Palácio de Ondina, o médico concordou que é preciso “ampliar a bancada”. 

Com a visão de quem está na linha de frente da oposição em Brasília, Solla contabiliza somente 130 deputados com o “real compromisso com o povo brasileiro”. 

Recentemente, parlamentares baianos tem relatado a dificuldade de tentar fazer qualquer oposição na Câmara, principalmente com a dificuldade de obstrução das sessões remotas. 

Solla anunciou que o partido vai intensificar a campanha de filiação e que é preciso “criar as condições” para que haja renovação partidária, inclusive ajudando na formação de novos quadros.

“Vamos fazer campanha de filiação e formação. A “Nova Primavera” para formação de novas lideranças. Não adianta ficar no discurso de renovação, temos que criar condições para que ela aconteça. Mundo mudou e Brasil de 2023 não será o de 2003″, alertou.

Bnews

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