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Dores de cabeça podem ter origem na boca; veja como identificá-la e tratá-la

Dor-de-cabeçaDor de cabeça, dor na face ou na região do pescoço. Muita gente sofre com esses problemas sem desconfiar que eles podem ter origem na boca. Os pacientes chegam a sofrer por anos até que um diagnóstico preciso seja feito, em razão da falta de profissionais especializados para diagnosticar e tratar a dor orofacial. A Iasp (Associação Internacional para o Estudo da Dor) escolheu a dor orofacial como tema central da sua campanha anual para o alívio da dor. O objetivo é conscientizar os profissionais da saúde e o público em geral sobre a importância da questão da dor.
A professora Leda Batelo Ribeiro, 54 anos, lidou por 42 anos com a dor e chegou a se consultar com médicos de várias especialidades, sempre sem sucesso no diagnóstico. A cura veio quando ela descobriu que sua dor tinha origem oral, ou seja, vinha do músculo da sua mastigação. Com o tratamento adequado, hoje a professora voltou a levar uma vida normal e livre de dor.
Levantamentos sobre pacientes que apresentam ATM (Disfunções da Articulação Temporomandibular) demonstram que a dor está presente em 97% dos casos. Além disso, cerca de 70% das pessoas têm dor no segmento cefálico (cabeça) em algum momento ao longo da vida, sendo que 40% já apresentaram dor dentária nos últimos seis meses.
Marcelo Junqueira, especialista em dor orofacial, explica que o diagnóstico é muito complexo.
— O diagnóstico depende de uma história detalhada e de um exame clínico minucioso, além de exames complementares para que todos os aspectos envolvidos sejam identificados e devidamente tratados, pois a dor dentária e a dor no músculo da mastigação, geralmente, somam-se a outros diagnósticos.
De acordo com a SBED (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor), estudos recentes apontam as causas mais frequentes da dor orofacial. Entre elas estão: dores de dente (as mais comuns), disfunções da articulação temporomandibular – oclusão dentária, bruxismo, postura mandibular ou cervical e estresse (que são os principais fatores de risco para as mulheres), câncer bucal e síndrome da ardência bucal (atinge cerca de 6% das mulheres idosas).
O tratamento inicia-se com etapas locais, como remoção de infecções e cáries, e segue para o tratamento periodontal (placa de mordida, fisioterapia). De acordo com o caso, podem ser usados medicamentos como anti-inflamatórios, antidepressivos, relaxantes musculares, anticonvulsivantes, entre outros.
Junqueira acrescenta ainda que o profissional mais capacitado para o tratamento da dor orofacial é o dentista, que tem conhecimento específico do aparelho mastigatório, dos dentes e de suas estruturas, além das doenças que envolvem esses tecidos. R7

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