Cidades

Dirceu era "Bob" na contabilidade da propina, diz doleiro

JOSÉ DIRCEU - PRESOO doleiro Alberto Youssef disse, em um depoimento no acordo de delação premiada, que o ex-ministro José Dirceu era chamado pelo codinome de “Bob” na contabilidade do esquema de propina da Petrobras. Segundo o delator, o petista condenado no esquema do mensalão era uma das pessoas indicadas para receber dinheiro ilícito entregue por Julio Camargo, executivo da Toyo Setal, ao PT. “O dinheiro que era entregue pelo declarante em São Paulo servia para pagamentos da Camargo Correa e da Mitsue Toyo ao Partido dos Trabalhadores, sendo que as pessoas indicadas para efetivar o recebimento eram João Vaccari e José Dirceu”, diz o trecho do depoimento prestado em outubro e divulgado hoje. Vaccari é tesoureiro do PT e já foi indicado como possível recebedor de até US$ 200 milhões pelo partido no esquema, segundo afirmou o ex-gerente da Petrobras Pedro José Barusco Filho, em depoimento divulgado na semana passada. Segundo o depoimento, a contabilidade da propina era gerenciada por um homem de confiança de Camargo identificado como Franco Clemente Pinto. As planilhas eram armazenadas em um pen drive e acessadas por senha. Enquanto Dirceu seria identificado por “Bob”, o doleiro era chamado de “Primo” nas anotações. Segundo Youssef, que prestou depoimento em troca de redução de pena, os ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu eram ligações de Camargo com o PT. Ele disse que o ex-ministro condenado no julgamento do mensalão viajou “diversas vezes” em um jatinho do executivo, depois de deixar a Casa Civil do governo Lula. Camargo era representante da Mitsue Toyo, do grupo Toyo Setal, e também colaborou com as investigações da Operação Lava Jato em um acordo de delação premiada. (Terra)

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