Cotidiano

Desenvolvimento do bebê: Os riscos de introduzir os sólidos muito cedo… ou muito tarde!

BEBE - COMENDOIntroduzir novos alimentos na dieta do pequeno antes do período de 4 a 6 meses pode ser perigoso. A começar pelo fato de que ele vai deixar de receber os benefícios do leite materno muito cedo. Além disso, com um sistema gastrointestinal imaturo, o bebê está mais exposto a desenvolver alergias e contrair infecções. “Qualquer bactéria pode levá-lo a ter diarreia, vômitos e desidratação”, alerta Fabíola Suano, da SPSP. Para completar, a má absorção de nutrientes pode levar tanto à chamada fome oculta (que é a carência de vitaminas e minerais) quanto ao excesso de peso. “Ao comer uma batata, por exemplo, a criança pode absorver tudo que tem ali e não eliminar nada. E aí, ela fica obesa”, exemplifica Virgínia Weffort. Oferecer alimentos diferentes muito tarde também é negativo. É que, com todas essas transformações, a amamentação exclusiva não dá mais conta do recado. “E não é que o leite ficou fraco, a criança é que cresceu”, justifica a docente da UFTM. Por isso, ela precisa de mais nutrientes – que serão recebidos via frutas, verduras, legumes, carnes e cereais. Se não contar com esse aporte extra, o seu desenvolvimento pode ser comprometido.

Bebês que se alimentam por fórmulas: Para eles, a regra é a mesma,  a alimentação complementar deve acontecer aos 6 meses. No entanto, dependendo do crescimento da criança, pode ser que o pediatra antecipe a introdução. “É que a fórmula não tem a mesma variedade de fatores imunológicos que o leite materno”, pondera Weffort.

E os prematuros? A introdução da alimentação complementar daqueles que vieram ao mundo antes dos nove meses deve ser feita com mais cuidado. Isso porque, se o bebê foi um prematuro extremo ou nasceu com muito baixo peso, deve-se levar em conta a idade corrigida, ou seja, considerar o período que ele levaria para completar 40 semanas de gestação. “Essas crianças costumam ser mais imaturas em relação a órgãos, sistemas, enzimas… É um neném mais devagar”, resume Ary Lopes Cardoso, do Instituto da Criança. Já os prematuros que se desenvolvem normalmente e têm um bom crescimento estão aptos para fazer a introdução aos 6 meses.

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