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Cristiane Brasil recebia propina em dinheiro e usava ‘mulheres da mala’, diz MP do Rio

A ex-deputada federal Cristiane Brasil foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. A mesma investigação envolve o secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, que foi preso na manhã desta sexta-feira (11).

A suspeita é que o esquema tenha desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos entre 2013 e 2018. Ao todo, 25 pessoas foram denunciadas e todas viraram rés.

Cristiane, segundo o MP, recebia as “propinas em dinheiro, depósitos bancários ou pagamento de despesas pessoais do político. Os promotores citam ainda que duas assessoras políticas de Cristiane – Vera Lúcia Gorgulho Chaves de Azevedo e Suely Soares da Silva – também denunciadas, eram as “mulheres da mala”, ou seja, recebiam as vantagens indevidas “a fim de blindar” a ex-deputada.

Cristiane responde por atos supostamente praticados entre maio de 2013 e maio de 2017, quando assumiu secretarias municipais nas gestões de Eduardo Paes e Marcelo Crivella. Cristiane não foi encontrada em casa, mas, segundo sua assessoria, ela não está no RJ e vai se apresentar à policia ainda nesta sexta.

Cristiane foi secretária de Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio e chegou a ser nomeada ministra do Trabalho no governo Temer, mas teve a posse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por conta de condenações na Justiça Trabalhista, reveladas pelo G1.

Em nota, Cristiane Brasil afirmou que a denúncia é “uma tentativa clara de perseguição política”. “Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram”, disse. “Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai.”

“Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil”, emendou.

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