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Criptominer: saiba como evitar vírus que aumenta sua conta de luz

O surgimento dos computadores pessoais transformou profundamente o mundo moderno, e a cada avanço esses dispositivos trouxeram mais recursos, capacidades e possibilidades para substituir soluções antigas como documentos em papel. Mas ao mesmo tempo que programas úteis se tornavam cada vez mais comuns e aperfeiçoados, os vírus para computador também se desenvolviam e mudavam de escopo: dos primeiros vírus que serviam como “pegadinha” para assustar suas vítimas até os vírus modernos capazes de invadir bancos de dados de empresas, contas bancárias ou fotos íntimas, a batalha da segurança digital para evitar que programas mal intencionados, os malwares, afetem as máquinas de usuários é uma das mais complexas dentro do mundo da computação.

            No entanto, o quão longe um vírus de computador pode chegar? Em 2023, especialistas e usuários estão chocados com a disseminação de uma nova categoria de vírus capaz de abusar da energia elétrica e aumentar a conta de luz das vítimas infectadas. Confira.

O que é um criptominer?

            À medida que o poder de processamento e quantidade de recursos de aparelhos eletrônicos como computadores de mesa, laptops e celulares aumenta, também cresce sua demanda energética e o custo ao fim do mês de manter cada aparelho ligado. De acordo com a pesquisa da ExpressVPN, esse custo elevado na conta de energia elétrica já se tornou relevante desde escritórios de empresas até residências, e influencia até mesmo as decisões de compra dos consumidores.

            No entanto, nem toda tecnologia utiliza a energia elétrica da mesma forma. As criptomoedas, tokens digitais que poderiam substituir o dinheiro físico, se tornaram populares por promessas milagrosas de investimentos rápidos e segurança e, por sua própria natureza, precisam ser criadas através de uma série de algoritmos de computação que consomem grandes quantidades de energia elétrica. A princípio, haviam pessoas e empresas inteiramente dedicadas a manter diversos computadores potentes ligados vinte e quatro horas por dia, no processo conhecido como “mineração” de criptomoedas. No entanto, a complexidade dessas moedas se tornou tamanha que os custos de energia não permitem que este tipo de mineração seja particularmente lucrativa em 2023.

            A solução encontrada por hackers, portanto, foi continuar gerando as criptomoedas – mas redirecionando o custo de energia elétrica aos usuários através de um vírus conhecido como criptominer. O criptominer infecta o computador da vítima através de um anexo falso enviado por email, link contaminado ou programa disfarçado, e passa a realizar a mineração de criptomoedas de forma escondida no computador – as moedas são enviadas ao hacker, enquanto o alto consumo de energia e o calor gerado pela máquina são inteiramente deixados nas mãos da vítima.

            Um criptominer pode funcionar de forma constante, ou apenas em horários específicos para se esconder da vítima. Uma máquina infectada poderá sofrer com lentidão, superaquecimento, baixa duração de bateria e, em todos os casos, aumento considerável dos custos de energia elétrica ao fim do mês.

Como evitar o vírus que aumenta a conta de luz

            Uma máquina infectada por um criptominer já significa um prejuízo considerável nas mãos de um usuário comum – no entanto, para um escritório de uma pequena ou média empresa, biblioteca ou escola, o gasto mensal de uma série de máquinas infectadas pode se tornar um verdadeiro pesadelo. Portanto, é fundamental aprender a prevenir a infecção por um criptominer:

  • Habilite um programa antivírus: programas antivírus modernos são capazes de identificar possíveis criptominers. Para usuários do Windows, o Microsoft Defender é recomendável, enquanto no Android o Google Play Protect é suficiente para garantir a prevenção.
  • Monitore os recursos da máquina: reconhecer um criptominer pode ser fácil até para quem não possui muita experiência com eletrônicos: o computador ou celular se torna lento sem causa aparente, esquenta com facilidade, a bateria passa a durar pouco e as ventoinhas se tornam altas e fortes. Também é possível abrir o Gerenciador de Tarefas e verificar se o uso do processador está alto de forma injustificada.
  • Não confie em anexos: anexos contaminados via email ainda são o método mais comum de disseminação de vírus desta categoria, por isso, é importante baixar somente anexos de emails confirmados e seguros. Além disso, é ideal jamais clicar diretamente para abrir o documento – por exemplo, ao receber um arquivo de texto .docx do Microsoft Word o usuário não deve abrí-lo diretamente – mas sim, abrir o programa Microsoft Word e pedir para que o programa navegue até o arquivo, evitando a execução de programas disfarçados.

            Os criptominers estão dentro da categoria de malware que cresceu em mais de 600% no Brasil durante os últimos dois anos, e seus efeitos podem ser perigosos e custosos para suas vítimas. É importante garantir que bons hábitos de segurança digital estejam em dia para prevenir dores de cabeça e aumento da conta de luz.

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