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Contação de histórias do Movimento Livres Livros toma conta das praças de Cachoeira

Literatura pelas ruas.

Debaixo da copa das árvores da praça Ubaldino de Assis e recebendo a brisa do Rio Paraguaçu. Foi assim que começou a manhã desta sexta-feira ensolarada, segundo dia da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), que acontece até este domingo, 8 de outubro. Neste ambiente ao ar livre, meninos e meninas de escolas públicas da região ouviram contação de histórias. A iniciativa é do Movimento Livres Livros que participa da festa com a tenda A Magia das Histórias, em parceria com o grupo Odebrecht.

Com 10 anos de experiência, os contadores de história Tom Alves e Selma Guilera, participaram da atividade na praça cachoeirana e aprovaram a ação. “Tá muito emocionante. Chegamos a ter 120 crianças ouvindo nossas histórias”, conta Tom. “Ambiente aberto e árvores combinam com livros”, diz Selma.

A iniciativa fez com que as ações da Flica ultrapassassem o centro da cidade de Cachoeira onde normalmente acontecem os debates principais do evento. “Conseguimos espalhar afeto pelas ruas de Cachoeira. Este era nosso principal objetivo: envolver a comunidade”, avalia Marcelo Gentil, responsável pela Comunicação da Odebrecht S.A na Bahia.

O músico e artista Mr. Armeng, também esteve na praça e ficou encantado com o que viu. “Achei maravilhoso ver tantas crianças participando de um evento que tem a leitura como bandeira guia”, afirmou. Para ele, a iniciativa da Odebrecht e do Movimento Livres Livros mostra que os jovens se interessam por esse tipo de ação, desde que eles se identifiquem. Mr. Armeng também falou sobre a importância dos livros: “A leitura desperta a curiosidade, transforma, abre caminhos e alimenta a alma”.

Crianças encantadas

Para Selma Guilera, as crianças sentem falta deste tipo de ambiente. “Ninguém mais conta histórias para elas. Os professores também precisam ser capacitados para contar histórias dentro das escolas”, afirma Selma que faz parte do grupo Hoje tem Historia.

Com olhos e ouvidos atentos, as crianças megulharam no universo lúdico das histórias. “Aprendi muitas histórias e várias músicas”, contou a falante Keliane, de 8 anos. “Gostei da história dos sonhos”, disse Laís, 7 anos. Para a doce Lavínia, 9 anos, a melhor história foi a da Vaquinha Mimosa. Lavínia resumiu bem o sentimento que tomou conta de todos os pequenos “Sinto alegria quando ouço histórias”

O charmoso espaço da tenda A Magia das Histórias foi todo construído de forma sustentável, com pallets e tecidos feitos a partir de material reciclável. Montada em frente ao Cine-Teatro Cachoeirano, onde acontece a Fliquinha, a tenda conta com uma programação intensa que inclui, além da contação de histórias, oficinas de sussurro poético e apresentações musicais.

Música e bate-papo

No sábado (7) pela manhã, tem oficinas e contação de histórias com Saluar Chequer. Às 15h acontece o encontro com a escritora Renata Fernandes, autora dos livros infantis “A Turminha da Janelinha”, “Como é que é, o chulé quer morar no meu pé?” e “Posso te contar um segredo? É legal compartilhar o brinquedo”. Às 17h tem um show infantil com o grupo Espaço Musical do violonista Gabriel Macedo, neto do lendário Osmar Macedo, um dos criadores do trio elétrico.

O encerramento acontece no domingo, ao meio dia, com recital de poemas. Mas antes, às 10h, tem contação de histórias seguido da atividade de Trança fitas. Tudo gratuito. Márcia Moreira – Jornalista / Roteirista

thumbnail Mr. Armeng
Fotos: Márcia Moreira 

thumbnail Tom e Selma thumbnail Lavinia thumbnail A Magia das Histórias

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