Cotidiano

China toma medida inédita para lutar contra a poluição do ar

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(Crédito: divulgação | Pequim, China )

A poluição do ar é um dos problemas mais graves da China – tanto é verdade que em 9 de dezembro de 2015, a Nasa disponibilizou imagens de satélite que mostravam uma grande e espessa nuvem de poluição indo de Pequim a Xi’an, uma distância de mais de 1000 KM. Os esforços são grandes para lutar contra esse problema, agravado por políticas industriais em detrimento de ações ambientais. Uma iniciativa inédita, no entanto, tem dado bons resultados ao país.

Em 2018, os chineses criaram o maior aparelho de purificação de ar do mundo. Ele consiste em uma torre de 100 metros de altura, no centro da cidade de Xi’an, na província de Shaanxi, no norte do país. Na base desta torre, há uma grande estufa do tamanho de meio campo de futebol. Quando o ar poluído chega ao local, ele é aquecido por energia solar, e respeitando fenômenos da física, sobe naturalmente pela torre, passando por várias camadas de filtro de ar.

Depois de meses de testes, a academia de ciências confirmou que a inovação funciona e tem efeitos positivos na vida dos cidadãos. Um relatório assinado por Cao Junji, analista da Academia Chinesa de Ciências, informou que “melhoras na qualidade do ar foram observadas numa área de 10 km²”. Desde que entrou em funcionamento, a torre teria produzido mais de 10 milhões de metros cúbicos de ar puro.

Nos dias de pico de poluição, o purificador arquitetônico conseguiu reduzir em até 15% a poluição do ar, evidenciando resultados animadores para a melhora da saúde dos cidadãos locais. A torre, segundo os pesquisadores, pode ter ainda mais importância durante o inverno, quando há maior concentração de poluentes.

Medidas drásticas no país mais populoso do mundo

A luta contra a poluição do ar alcançou resultados expressivos em pouco tempo depois de entrar em operação. Em 4 de março de 2014, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang disse: “declaramos guerra à poluição, tão resolutamente como no passado declaramos guerra à pobreza”. A partir de então, o crescimento econômico ficaria em segundo plano, para melhorar aspectos ambientais. De acordo com os últimos dados disponíveis, em quatro anos as cidades chinesas conseguiram reduzir em 32% a concentração de partículas poluentes no ar.

Tudo só foi possível por meio de um plano nacional para a qualidade do ar com diversas exigências às áreas urbanas. Entre elas, a determinação de que houvesse uma redução de pelo menos 10% na concentração de poluição por particulados finos. Para atingir esse fim, a cidade de Pequim, por exemplo, reservou verbas de US$ 120 bilhões.

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