Política

Brasil é criticado pela Venezuela por mostrar preocupação com eleição no país vizinho

Nesta terça-feira (26), o governo venezuelano rejeitou publicamente o comunicado anterior do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que expressou preocupações em relação ao processo eleitoral no país vizinho. De acordo com o comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, a declaração brasileira contém “observações carregadas de profundo desconhecimento e falta de conhecimento sobre a situação política na Venezuela”.

De acordo com o governo da Venezuela, o comunicado do Brasil “parece ter sido influenciado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”. O governo da Venezuela tem seguido de perto os preceitos que regem a diplomacia e as relações amigáveis com o Brasil, evitando fazer qualquer julgamento sobre os processos políticos e judiciais que ocorrem no país vizinho. Por conseguinte, a Venezuela se considera no direito de exigir respeito absoluto ao princípio de não interferência nos assuntos internos e na sua própria democracia, que é uma das mais sólidas da região, declara o ministério venezuelano.

O Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado à imprensa nesta tarde, informando que o governo do Brasil está atento e apreensivo com os desdobramentos do pleito eleitoral na Venezuela.

“O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil. O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo”, diz a nota do MRE.

As inscrições para concorrer às eleições presidenciais na Venezuela encerraram-se na noite desta segunda-feira (25). No entanto, a aliança de oposição ao presidente Nicolás Maduro informou que não conseguiu oficializar a candidatura da filósofa e docente universitária Corina Yoris.

O comunicado do Ministério de Relações Exteriores ressalta que a proibição da inscrição da candidatura não está de acordo com os compromissos firmados em Barbados, em outubro do ano anterior, com o intuito de fomentar o diálogo, garantir os direitos políticos e eleitorais na Venezuela. Além disso, destaca que até o presente momento, não foi apresentada nenhuma explicação oficial para esse impedimento.

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