Após falha de funerária, família cava sepultura para enterrar mãe
A família da aposentada gonçalense Telma Regina Sobral, de 58 anos, que morreu após sofrer um enfarte no último domingo, pretende processar o plano de assistência funeral Rio Pax. Tudo porque o que era pra ser a ocasião de dar adeus em paz para a mulher, acabou sendo mais um momento traumático para a família: os próprios familiares e amigos se viram obrigados a abrir uma cova para enterrar o corpo.
“Nós vamos processá-los porque não fizeram nada para tentar nos ajudar a resolver a situação”, conta Francisco. “Minha mãe já pagava pelo plano funeral há 9 anos. Não era um valor muito alto, coisa de R$ 25, mas mesmo assim tínhamos a segurança de que no pior momento de nossas vidas, teríamos uma empresa para nos ajudar”.
O filho da aposentada conta, ainda, que tentou vagas em outros cemitérios, mas foi em vão. Ele conta que só conseguiu enterrar a mãe porque alguns familiares e até os pastores da igreja de Telma se prontificaram a cavar a cova.”Passei por um misto de vergonha e tristeza. Não queria que aquele momento fosse assim, tão conturbado. O que a gente deseja é que outras famílias não passem por isso”, desabafa.
Indignada, Flávia Carvalho Braga, de 31 anos, nora da aposentada, filmou os parentes abrindo a cova para que o enterro fosse concluído.
“O que me deixou mais chocada foi ver os funcionários da funerária de braços cruzados em meio ao nosso desespero. Em nenhum momento se prontificaram a nos ajudar. Afinal de contas eles foram pagos para que organizassem o enterro da melhor maneira”, desabafa Flávia.
Em entrevista ao “Mais São Gonçalo”, o representante da Rio Pax do município, Michel Willian, disse que a empresa tentou buscar outros cemitérios para enterrar a aposentada, “mas como ela era obesa, a única opção que restou foi o Cemitério de Ipiiiba”.