Política

Vice-presidente do PSDB defende que partido fique fora de gestão Temer

ALBERTO GOLDMANO primeiro-vice-presidente do PSDB, o ex-governador paulista Alberto Goldman, defendeu na segunda-feira, 14, a permanência de seu partido na oposição caso a presidente Dilma Rousseff sofra um processo de impeachment e o vice Michel Temer (PMDB-SP) assuma a Presidência da República.

Em um texto publicado em seu blog, Goldman disse que, apesar de defender a não participação do PSDB de um eventual governo Temer, a legenda deve estar disposta a colaborar “com as medidas que possam tirar o País desse buraco em que o lulopetismo nos meteu”.

Para o tucano, “é evidente que o vice Michel Temer, pela sua movimentação e pela articulação de seus prepostos, se prepara para o afastamento da presidente”, e o PSDB terá que discutir que posição adotar.

“A meu ver devemos ficar onde sempre estivemos, em oposição ao novo governo que deve assumir e que representa, como uma farsa, a continuidade do atual”, disse Goldman, registrando que essa era apenas a sua opinião.

Na semana passada parlamentares tucanos fizeram parte do grupo que lançou uma frente suprapartidária em apoio à saída de Dilma.

Transição

Há consenso na legenda de que seria preciso ajudar na “transição política” caso Dilma deixe a Presidência, mas existem divergências sobre se os integrantes da sigla devem assumir ou não cargos numa eventual administração do peemedebista. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, já sinalizou a aliados que não gostaria que o partido indicasse nomes para a Esplanada. O mesmo sentimento tem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que nas últimas semanas fez críticas mais duras contra o governo e o PT. Ambos pleiteiam a vaga de candidato à Presidência em 2018.

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Por outro lado, nomes como o senador José Serra têm se aproximado do PMDB. Além de manter boa relação com Temer, o tucano paulista também tem sido um dos principais interlocutores do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Parlamentares do PSDB no Congresso dizem reservadamente que será inevitável conversar com o PMDB sobre um eventual governo Temer, mas consideram precipitado fazer esse movimento agora.

Na bancada tucana na Câmara, os deputados desconhecem qualquer negociação com a cúpula peemedebista ou interlocutores do vice-presidente.

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