Saúde

Uso de anabolizantes aumenta 4 vezes o risco de morte prematura

Quando utilizados apenas para fins estéticos e sem o devido acompanhamento médico, os esteroides podem causar sérios danos à saúde

São Paulo, julho de 2023 – Muito se fala sobre a utilização dos esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA) para ajudar no desempenho físico ou no aumento de massa muscular. Estes compostos são formulações derivadas da testosterona e utilizadas em larga escala por fisiculturistas e outros praticantes de esportes. Entretanto, estudos vêm demonstrando que o uso indiscriminado dessas substâncias é a causa principal do surgimento de doenças cardiovasculares.

Estima-se que um terço dos usuários de EAA seja dependente desses esteroides, já que o uso não farmacológico visa um crescimento rápido de massa muscular e a modificação corporal. Segundo pesquisas do Research, Society and Development Journal, o risco de morte prematura em usuários atuais ou antigos de esteroides anabolizantes é quatro vezes maior em relação a quem nunca usou.
 

“Isto acontece porque sem a devida indicação e o adequado acompanhamento médico, essas substâncias podem causar diversos danos à saúde, mesmo após a suspensão do uso. Entre as principais, estão miocardite, arritmia, hipertensão, morte súbita, aumento do colesterol ruim, diabetes, infarto agudo do miocárdio e até mesmo acidente vascular cerebral (AVC). A possibilidade de efeitos colaterais aumenta com o uso prolongado de altas doses”, afirma o Dr. Carlos Hossri, cardiologista do Hcor.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o uso desses esteroides causa efeitos adversos no corpo, como o aumento de massa muscular no coração sem a proporcionalidade da irrigação sanguínea. Essa desarmonia pode ser provocada pelo desenvolvimento de placas obstrutivas nas artérias coronárias, além do “engrossamento” do sangue, formando coágulos dentro desses vasos, impedindo o fluxo sanguíneo adequado e, consequentemente, um déficit no suprimento de oxigênio.

25% dos jovens que usaram anabolizantes relatam problemas de saúde.

Os mesmos estudos afirmam que 25% dos jovens que utilizam anabolizantes apresentam as placas em até três coronárias. Além disso, o sistema nervoso autônomo, aquele que ajuda a controlar as variações dos batimentos cardíacos e a pressão arterial, também pode ser afetado negativamente pelo uso dos esteroides.
 

Apesar de muitas sequelas serem permanentes e até fatais, com um tratamento apropriado e rígido, é possível reverter algumas consequências do uso indiscriminado de EAA. “Entretanto, mesmo ex-usuários de anabolizantes há anos relatam que a qualidade da saúde física e mental piorou, afetando o comportamento e o bem-estar emocional. Isso porque os EAA promovem uma sensação de bem-estar, podendo fazer com que os usuários tornem-se verdadeiros dependentes químicos”, explica o especialista.
 

Em todos os casos, é fundamental que o uso de anabolizantes seja realizado sob indicação e supervisão médica. “Geralmente, os EAA são prescritos por endocrinologistas a fim de regular a função hormonal. Mesmo esses pacientes, que tomam doses muito baixas, precisam ter um acompanhamento médico periódico”, ressalta.

Sobre o Hcor

O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
 

Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.
 

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