Ubaíra: após 13 anos do caso que chocou a cidade, executor de mototaxista é julgado e condenado
O Júri Popular ocorrido nesta terça-feira (30), condenou Paulo de Jesus Cunha, o executor, a 16 anos e sete meses em regime fechado.
Em janeiro de 2011 Ubaíra parou diante do assassinato do mototaxista Joílson Cortes Silva. O crime, de motivação torpe, a mando de um colega de profissão, teve os seus autores investigados e presos poucos meses depois, contudo, por falta de julgamento, os suspeitos foram soltos e a espera por justiça perdurou até a ultima terça-feira (30).
Joílson, um trabalhador muito conhecido e querido na cidade, deixou duas filhas, na época uma adolescente de 15 anos e uma criança com 7.
Motivação
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Joilson e Linaldo Oliveira da Silva, conhecido como Nadinho, ambos mototaxistas, teriam tido um desentendimento motivado por uma corrida que na época custava R$ 2.00. Os dois chegaram a se enfrentar fisicamente e a vítima teria agredido Nadinho no rosto com um capacete.
Relembre o crime
Em 15 janeiro de 2011, Joílson Cortes foi morto com um tiro na nuca após ser abordado por um suposto passageiro que solicitou que a vítima o levasse até a localidade conhecida como Pindoba, ás margens da BR-420. Ao chegar no local indicado, o executor efetuou o disparo de arma de fogo. Joílson chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu.
Prisão
Meses depois, um suspeito identificado como Paulo de Jesus Cunha, foi preso no município de Amargosa com a arma usada no crime junto com outro comparsa. Paulo confessou a polícia que foi contratado por Linaldo (Nadinho), por R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais) para executar a vítima.
“Logo em seguida Paulo deu a resposta positiva a Linaldo, dizendo que cometeria o homicídio, pois teria engravidado uma menina e precisava de dinheiro para comprar o enxoval e outras coisas. Relata Paulo que foi contratado sozinho, contudo, contratou Marcelo de Jesus Santos, à época menor de idade.”, informação contida nos autos, do qual o Midia Bahia obteve acesso exclusivo.
Após algum tempo, todos os suspeitos foram liberados por falta de julgamento.
Julgamento do executor
O Júri Popular finalmente ocorrido nessa terça-feira (30), condenou Paulo, o executor, a 16 anos e sete meses em regime fechado. O criminoso que confessou o crime com detalhes ao ser preso, negou a autoria durante o julgamento, contudo diante das provas foi condenado.
Paulo já estava preso há mais de 7 anos, condenado por outros crimes. Nadinho, apontado como mandante, segue solto aguardando o julgamento sem previsão de ocorrer, já o outro suspeito, segundo o próprio Paulo teria sido morto na cidade de Salvador.