Geral

Testemunhas dizem que idoso estava vivo quando foi levado ao banco

Erika era cuidadora de Paulo, ela levou idoso ao banco para sacar R$ 17 mil

Duas pessoas que ajudaram Érika de Souza Vieira Nunes, 43 anos, revelaram que o idoso Paulo Roberto Braga, 68 anos, estava vivo quando foi levado ao banco. Na terça-feira (16), o caso do idoso morto dentro de um banco em Bangu, no Rio de Janeiro, gerou repercussão em todo o país.

Em depoimento, a primeira testemunha, que é o proprietário do taxi que conduziu Erika e Paulo ao banco Itaú, confirmou que o idoso estava vivo e que teria segurado a porta do carro.

Um vizinho também foi ouvido, ele disse que ajudou a colocar Seu Paulo no carro e notou sinais de vida.

Quando entrei na casa, Paulo estava deitado na cama. Peguei Paulo pelos braços com a ajuda de Erika, e o levei até dentro do carro. Consegui perceber que ele ainda respirava e tinha forças nas mãos.

O que diz o laudo pericial

A necropsia no corpo de Paulo não conseguiu determinar se ele morreu a caminho do banco, ou se já foi levado em óbito. O documento diz não haver elementos seguros para determinar que ele morreu no trajeto, ou na agência.

De forma indireta, o perito não se opõe que o óbito tenha ocorrido entre 11h30h e 14h30h do dia 16/04/2024. Desta forma, o perito não tem elementos seguros para afirmar do ponto de vista técnico e científico se o sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou interior da agência bancária, ou que foi levado já cadáver à agência bancária.” Diz trecho do laudo.

O laudo também aponta que ele pode ter morrido até 7h antes do vídeo gravado no banco.

SAMU

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), confirmou o óbito por volta das 15h, o médico que atendeu o caso, entendeu que o óbito havia ocorrido há algumas horas. Conforme a Polícia Civil, foram identificados livores cadavéricos, manchas de sangue na região da nuca, indicando que vítima teria morrido deitado.

Erika revelou que os 17 mil reais que seriam sacados numa agência do Itaú, serviriam para comprar uma televisão e o restante seria usado numa reforma.

O que disse a defesa

A defesa de Erika diz que o idoso não foi levado morto a agencia e atesta que o óbito tenha ocorrido no banco, na quarta-feira (17), ela disse que existia testemunhas de que sua cliente não cometeu vilipendio de cadáver ou furto mediante fraude.

No banco, a prima de Paulo pedia para que ele assinasse o documento, como se o idoso tivesse vivo, porém ele não apresentava qualquer tipo de reação, não conseguia ficar com a cabeça no lugar, motivo pelo qual os funcionários da agência acionaram o SAMU, e posteriormente a polícia.

O caso está sendo investigado pelo delegado Fábio Luiz da Silva, da 34ª delegacia territorial. O inquérito deve ser concluído em até 30 dias.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios