Cidades

Sob efeito do Petrolão, petistas aprovam fim de doação de empresas

RuiFalcaoUma ação de transparência. Assim os petistas baianos classificaram a decisão da sigla de não receber mais doações de empresas privadas. O anúncio foi feito na última sexta-feira pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, após reunião com o diretório. Enquanto especula-se que esta seria uma resposta à pressão da sociedade diante dos inúmeros escândalos de corrupção, os petistas ressaltam que a decisão seria mais uma prova da transparência do atual governo. Antes de implementada, a decisão ainda terá de ser referendada e o partido já estuda novas formas de financiamento em substituição às doações. Segundo o presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, a medida foi uma materialização dos ideais da sigla. “Foi uma demonstração clara que a gente quer mudanças na legislação e na prática política. O PT ousou em apostar no sentimento de mudança da sociedade”, disse o dirigente.Envolvidos em escândalos como o da Petrobras e do Mensalão, os petistas optaram pelo não recebimento de doações de empresas como uma possível forma de reconstruir laços com a bandeira histórica que sempre embalou petistas de todos os calibres: o combate à corrupção. O anúncio foi feito no mesmo dia em que o ex-deputado federal de Sergipe, Márcio Macedo, foi indicado como novo tesoureiro do partido, após a prisão do ex-ocupante do cargo João Vaccari Neto. Contudo, Anunciação afastou a ideia de que seria uma resposta à sociedade e ressaltou que o PT já estudava a possibilidade de vetar o financiamento. “Foi uma decisão majoritária do diretório. Sempre lutamos por reforma política e estamos demonstrando isso. A ideia de ir contra o financiamento empresarial já existia, só queríamos fazer pela legislação”, afirmou, pontuando o desejo que outros partidos aderissem à medida. “Ao invés de ficar somente criticando o PT, a oposição deveria seguir o exemplo e vetar essas doações também”. (Tribuna da Bahia)

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