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Quarta de Cinzas: "Na Quaresma é oração e caridade", diz arcebispo

208706Depois de mais de sete dias de Carnaval e muita festa, vem à quarta-feira de Cinzas e, com ela, a Quaresma, o período de 40 dias que separa esta época da Páscoa, uma das datas mais importantes do calendário católico.
 
De acordo com a religião, trata-se de uma tradição muito antiga que existia no Antigo Testamento: quando alguém queria manifestar seu arrependimento e tinha a decisão de começar uma nova vida, cobria-se de cinzas. Por isso, neste dia, como ritual, a cinza é colocada sobre a cabeça daquele que manifesta o desejo de começar uma nova vida.
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“A Quaresma é um grande retiro espiritual – isto é, um tempo de oração, de penitência e caridade. É, em síntese, um tempo de conversão, de volta para Deus. A Quaresma atualiza para nós a travessia do deserto feita pelo Povo Escolhido que, dirigido por Moisés, saiu do Egito em direção à Terra Prometida. A Quaresma lembra, também, os quarenta dias que Jesus passou no deserto, em oração e jejum, preparando-se para o início de sua missão apostólica. Portanto, neste tempo devemos valorizar a oração, o jejum, a prática de obras de caridade, para que nosso coração supere o egoísmo e abra-se aos outros, com os quais Jesus Cristo se identifica”, explicou o arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
 
De acordo com o Pontífice, a Quaresma é um período de escuta. “É um tempo, para nos colocarmos, de forma especial, diante do Senhor, para ouví-lo – e isso não é fácil. Afinal, já temos resposta para tudo e, normalmente, nos guiamos pelo ‘eu acho que’, ‘eu penso que’. Escutar o Senhor sempre foi difícil”, disse. Dentro da programação da Arquidiocese de Salvador estão, entre outros, a Caminhada Penitencial que acontece, este ano, no dia 28 de fevereiro, pela manhã. Segundo Dom Murilo, os fieis caminham cerca de sete quilômetros, da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia ou da Igreja Nossa Senhora das Dores, no Lobato, até o Santuário do Senhor do Bonfim. “É uma bela demonstração de fé, de amor e de penitência. Há também os que aproveitam o tempo da Quaresma para fazer um retiro espiritual, para intensificar visitas a doentes, para participar de celebrações especiais”, contou.
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Tradição – Apesar de toda a tradição e fazer parte do calendário, a quarta-feira de Cinzas e a Quaresma, segundo o Arcebispo, vem sendo uma data que vem perdendo força ao longo dos anos, principalmente em países muçulmanos ou em países marcados por grandes progressos tecnológicos. “Também não é fácil ser cristão numa época em que as pessoas estão muito conscientes de seus direitos e pouco de seus deveres; ou viver num mundo em que cada um busca, a qualquer custo, somente a própria realização pessoal”, enfatizou. Para Dom Murilo, apesar de todo este cenário, o cristão seguidor do catolicismo deve encará-lo como uma espécie de desafio que Jesus deixou a seus seguidores. (Tribuna da Bahia)

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