Opinião

Políticos do Vale do Jiquiriçá precisam reagir ao rebaixamento da 4ª Companhia

Rebaixamento da companhia é retrocesso

Os prefeitos de Jiquiriçá, Laje, Mutuípe e Ubaíra, juntamente com vereadores, deputados e outros líderes locais, precisam se mobilizar para impedir a desativação da 4ª Companhia de Polícia Militar, vinculada ao 14º Batalhão em Santo Antônio de Jesus. Alguns acreditam que há condições para sua elevação à Companhia Independente, e o rebaixamento a pelotão seria um retrocesso significativo.

Histórico de tentativas de rebaixamento

A tentativa de rebaixar a 4ª Companhia não é nova. Em 2015, essa ameaça já rondava a região. Na época, prefeitos e outros governantes realizaram reuniões e audiências públicas, conseguindo garantir a permanência da unidade.

Nos últimos 18 meses, a ideia, que parecia descartada, voltou a ser discutida e colocada em prática há duas semanas, sem nenhuma consulta pública. A mudança somente evidenciou que o plano foi colocado na geladeira, para no “momento certo” ser efetivada.

E os sinais ficaram claros quando se construiu complexos de segurança pública conjugados, na inauguração do prédio de Mutuípe um dos visitantes afirmou: “Isso aqui não é estrutura de companhia, e sim de um pelotão.”

Importância da 4ª Companhia para Mutuípe e região

Sem querer desmerecer os estudos feitos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, muito menos as decisões do senhor Marcelo Werner, chefe da pasta, ou Paulo Coutinho, comandante da Polícia Militar, que por certo tem vários anos de experiência na área e as decisões passam pelo crivo de várias pessoas, Mutuípe e o Vale do Jiquiriçá merecem uma companhia destacada.

Quem não se lembra dos constantes assaltos a bancos e estabelecimento comerciais e, arrombamentos a caixas eletrônicos?! A conquista da 4ª Companhia, trouxe um alívio muito grande, lembrando que no início eram seis cidades, pois Cravolândia e Santa Inês estavam incluídas na unidade.

Consegui a plena segurança pública é um sonho ainda muito distante de ser alcançado, mas importantes passos foram dados, e todas as vezes que investimentos são feitos, a SSP precisa direcionar recursos a Mutuípe, que automaticamente beneficiam as outras quatros cidades.

A capacidade de mobilização de efetivo e viaturas é facilitada devido a proximidades das cidades, a mais distante está há 25 quilômetros.

Decisões Recentes e Implicações

As decisões tomadas em 14 de junho estão sendo revistas. Aratuípe, que havia sido direcionada à 33ª CIPM de Valença, voltou à 3ª Companhia de Nazaré, possivelmente devido à intervenção política. Jaguaripe já tenta a mesma estratégia. Segundo um oficial em conversa com o Mídia Bahia, as decisões foram baseadas no território de identidade, mas a força política de algumas áreas está fazendo o Estado repensar e até voltar atrás.

Consequências do rebaixamento

O rebaixamento da 4ª Companhia resultará em menos recursos. Nos últimos anos, o Vale do Jiquiriçá sofreu com a diminuição do efetivo, obrigando os comandantes a fazerem milagres para manter a ordem. A otimização de companhias parece priorizar Amargosa, seja por protagonismo ou contenção de gastos, o que é preocupante, especialmente com a atuação crescente de facções criminosas.

Ação política necessária

Os políticos do Vale do Jiquiriçá precisam reagir a essa tentativa de centralizar serviços em uma única cidade. Gestões exitosas são realizadas com a descentralização, beneficiando toda a região. Pensar o Vale olhando somente para Amargosa, pode ser um erro. É importante atender a Cidade Jardim, sem ter que sacrificar o que foi conquistado pelas demais.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios