Tecnologia

Pesquisadores da UFRB criam revestimento comestível que protege e dar mais durabilidade para frutas e verduras nas prateleiras

O produto solúvel em água, pode retardar a senescência natural e aumentar a vida dos frutos.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), desenvolveram um revestimento comestível que retarda o envelhecimento e protege as frutas e verduras durante o trajeto até o consumidor final.

O produto é a combinação da pectina cítrica, uma fibra solúvel encontrada naturalmente nas frutas e verduras, e a geoprópolis, que é obtida a partir da mistura de pequenas quantidades de solo e resinas vegetais coletadas pelas abelhas sem ferrão.

“A pectina cítrica dá a base para o revestimento e a geoprópolis confere ao produto a capacidade de interagir com a superfície do fruto e, por meio de suas propriedades nutracêuticas, retarda o processo de envelhecimento dos frutos. Esse processo prolonga o tempo de prateleira, assim, o consumidor final irá adquirir produtos frescos, tudo isso sem uso de conservantes sintéticos”, diz.

“Os frutos a serem revestidos serão previamente higienizados e receberão o revestimento por imersão. Também temos a perspectiva de disponibilizar o produto para aplicação por spray. O produto é solúvel em água, desse modo, poderá ser retirado na higienização antes do consumo, mas, por se tratar de um produto elaborado com ingredientes naturais, poderá ser consumido”. Jossimara integrante da equipe de pesquisa.

De acordo com a pesquisadora, a ideia é inovadora e pode ajudar no combate ao desperdícios de alimentos. “Ao envolver completamente os alimentos, se forma uma película fina capaz de proteger contra danos mecânicos durante o transporte, retardar a senescência natural e aumentar a vida de prateleira. Através de compostos ativos, o revestimento ainda pode enriquecer o alimento, proporcionando ao vendedor menores perdas econômicas em razão do desperdício”, afirma.

A startup é uma das aprovadas pelo Edital Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), que é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O projeto ainda tem parceria com o Grupo de Pesquisa Insecta, Núcleo de Estudo dos Insetos, e a Seiva Incubadora de Inovação, ambos da UFRB. Além de Jossimara, compõem a equipe as professoras da UFRB Geni da Silva e Maria Angélica, respectivamente doutoras em Entomologia e Agronomia, e Mariza Alves, doutora em Ciências Agrárias.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios