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Mutuipense percorre Rio Jiquiriçá, de Mutuípe a Laje, a bordo de um caiaque

A aventura durou cerca de quatro horas.

“Momentos de adrenalina e também de tranquilidade”, foi assim que o mutuipense João Raphael Ribeiro Rocha, de 34, descreveu a sua experiência ao percorrer a bordo de um caiaque as águas do Rio Jiquiriçá. O percurso completo de aproximadamente 13 km, se iniciou na cidade de Mutuípe e finalizou ás margens do rio em Laje.

Amante do esporte de canoagem e praticante há alguns anos, o jovem levou cerca de quatro horas para finalizar todo o trajeto no domingo (25). Ele partiu da localidade conhecida como “Pela Porco” em Mutuípe por volta das 8h, e finalizou a rota em torno do meio dia chegando na orla de Laje.

João Rocha na natureza
João Raphael — Foto: reprodução redes sociais

Motivação

Apaixonado pela natureza, João revelou que deslumbrar a beleza e percurso do rio foi uma das suas principais motivações.

“O nosso Rio Jiquiriçá ele é exuberante, ele é belo e, atrelado a isso nós temos uma região de relevo de Vale e isso torna as paisagens ainda mais belas. Essa foi a principal motivação, ter essa vivência de forma direta, vivendo os caminhos que o rio faz e podendo observar como o rio faz os seus meandros até chegar no município vizinho,” contou João em entrevista ao Mídia Bahia.

Momento oportuno

O feito inédito foi planejado com bastante antecedência. Segundo João o momento oportuno envolveu alguns critérios. O alto volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias foi crucial para que o rio estivesse em seu período de cheia, permitindo um maior fluxo de água em todo o leito. Além disso, a data favoreceu a disponibilidade de uma equipe que o acompanhou nos locais que eram possíveis através da rodovia.

Dificuldades enfrentadas no percurso

Entre os momentos de paz, harmonia e tranquilidade relatados pelo atleta, alguns trechos despertaram o ápice da adrenalina, medo e tenção. Mesmo estudando a geografia do afluente com antecedência, alguns locais eram ainda desconhecidos.

“Apesar de não termos corredeiras de alto nível, nós temos durante o trajeto alguns  desníveis que fazem com que a gente tenha a adrenalina do esporte. Apesar de não estar com o caiaque apropriado para corredeiras de médio e alto nível, eu consegui fazer o percurso em algumas corredeiras, outras que avistei um perigo maior eu contornei pela borda, atravessei pela parte de rochas e dei seguimento ao trajeto,” contou.

Degradação ambiental

Mesmo diante de toda a beleza vista pelo mutuipense, João, que é formando em Geografia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, não pode deixar de observar os problemas relacionados a degradação ambiental. Para ele a diminuição da mata ciliar tem sido o principal motivo para o assoreamento do Rio Jiquiriçá.

“Um dos principais agravantes que eu pude visualizar foi a baixa em relação as matas ciliares, muito pouco eu vir durante o trajeto áreas com matas ciliares, o que leva a um agravante ao rio, já que essas matas protegeriam de erosões, o que eu vir com abundancia. Muita erosão, muito assoreamento, principalmente devido as enchentes que tivemos nos últimos anos. Isso fez com que essas áreas, essas encostas fossem ainda mais castigadas e assoreasse ainda mais o rio.”, afirmou.

Futura rota

Questionado sobre uma possível nova aventura sobre as águas do rio que corta o nosso lindo vale, João afirmou estar analisando o trajeto entre Laje e Entroncamento de Laje, contudo, o percurso ainda precisa ser estudado.

 

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