Recentemente, o juiz Carlos Eduardo da Fonseca Passos, que atua no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, determinou que o Google (Youtube) retire de sua plataforma, em até 48 horas, um trecho de vídeo no qual o político José Geroino menciona, durante uma entrevista ao Diário do Centro do Mundo em janeiro, a possibilidade de boicotar empresas judaicas. Caso a remoção não seja realizada, a empresa estará sujeita a uma multa de R$ 100 mil. Essa informação foi divulgada na coluna de Lauro Jardim, presente no jornal O Globo.
Na fala Genoino afirmou: “Essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos é uma forma interessante. Inclusive, tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus. Há, por exemplo, boicotes a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar relações comerciais na área de segurança e defesa com o estado de Israel”.
A solicitação da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, representada pelos advogados Ana Carolina Melman e Marcelo Levitinas, foi acatada pelo desembargador. Ele considerou que manter a declaração em um site de vídeos gratuitos poderia causar danos irreparáveis, devido ao acesso livre e contínuo de um número indeterminado de usuários a conteúdo ofensivo e discriminatório.
Na ocasião em que fez os comentários, até mesmo os líderes principais do PT criticaram o ex-presidente do partido por considerarem um equívoco ter abordado um assunto tão delicado como aquele.