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Intercâmbio na Irlanda: o que saber para organizar a viagem

Fazer intercâmbio na Irlanda é um sonho para diversos jovens que querem aprimorar o inglês, tendo também a chance de trabalhar no país.

Mesmo quem vai com a perspectiva de ganhar algum dinheiro com emprego em meio expediente deve saber organizar a viagem para não passar por problemas.

O preço do intercâmbio, o tipo de visto necessário, o custo de vida e até a escolha da cidade fazem a total diferença no planejamento.

Quanto custa o intercâmbio?

É preciso compreender que há diversos tipos de intercâmbio que podem ser feitos na Irlanda: aulas de inglês, cursos de inglês para negócios, cursos livres em áreas específicas e ainda graduações, mestrados e doutorados. Para cada intenção, os custos de aulas e estadia variam muito, devido à duração.

A modalidade de intercâmbio mais procurada na Irlanda é para cursos de inglês. Portanto, uma simulação deste objetivo aponta que um intercâmbio de oito meses, contando seis meses de aula e dois meses de férias, tem custo aproximado de R$ 30 mil, conforme o levantamento do site Intercâmbio e Viagem.

Os gastos seriam os seguintes: o curso com duração de 24 semanas sai por R$ 9 mil. A estadia fica em torno de R$ 16 mil. As passagens podem ser compradas a partir de R$ 3 mil. O seguro viagem para o período é de R$ 2 mil, considerando que o intercambista vai fazer pequenos tours pela Europa. E essa simulação não conta despesas do dia a dia, como alimentação, deslocamento, passeios, compras e lazer.

O governo irlandês exige que, para uma estadia de oito meses, o intercambista comprove que dispõe de € 3 mil extras para gastar, algo em torno de R$ 13.750. Não significa que é necessário usar todo esse dinheiro, mas que o forasteiro está pronto para alguma emergência.

Uma opção para diminuir os custos com conversão, transporte e/ou envio de dinheiro para Irlanda, é o uso de canais dedicados para esse fim, que são mais práticos e possuem taxas bem mais baratas que os bancos tradicionais, como a brasileira Remessa Online, por exemplo.

Nesse caso, contudo, você vai precisar ter uma conta – de preferência no seu nome – para receber esse dinheiro no país.

Se você já tiver o endereço onde vai ficar, você pode abrir uma conta em bancos virtuais como o N26.  

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Custo de vida

O custo de vida para morar na Irlanda é um dos mais caros da Europa, mas incrivelmente possível para o intercambista que pretende estudar e trabalhar meio expediente. Apesar disso, o nível de empregabilidade e o alto salário mínimo tornam a experiência equilibrada.

A capital Dublin é a cidade mais cara, porém tem os cursos mais baratos. Então, o viajante deve considerar se vale a pena procurar por escolas em cidades menores como Cork, Galway e Limerick. A conta deve considerar despesas como moradia, alimentação, transporte público e entretenimento.

A alimentação fica em torno de € 150 por mês, comprando itens diversos em mercados e ainda adquirindo supérfluos. Obviamente é possível economizar, mas comprar no supermercado será mais barato do que comer fora.

Restaurantes são considerados caros e só valem a pena se forem de alguma rede de fast-food. Do contrário, a orientação é preparar a própria comida.

O transporte público na Irlanda também é caro e não tão relevante para a população local. Um exemplo prático: os pubs do Centro fecham às 3h, mas os ônibus só circulam até meia-noite. Por isso, vale a pena morar no Centro, perto das escolas e do trabalho. Andar a pé e de bicicleta é uma realidade no país.

Divertir-se na Irlanda não sai barato. Uma ida ao cinema pode causar um rombo no orçamento: a entrada para uma estreia internacional custa por volta de € 10 por pessoa. Beber também custa bastante. Uma pint de cerveja Guinness vale cerca de € 6,50 em um pub. No mercado sai mais barato: € 2,20 a unidade.

Passeios em parques, castelos e museus são gratuitos. A experiência é mais rica em termos culturais e históricos, mas não tem a badalação da vida noturna.

Visto permite trabalhar meio período

Há alguns tipos de vistos para Irlanda que podem ser solicitados por intercambistas.

O mais comum é o Stamp 2, uma permissão para ficar no país até oito meses – seis meses de aula e dois meses de férias – e ainda permite trabalhar meio expediente durante as aulas (20 horas semanais) e full-time nas férias (40 horas semanais). Esse tipo de visto ajuda bastante o estudante que quer acumular um dinheiro lá para aproveitar as férias viajando pela Europa.

Para tirar o visto Stamp 2, é necessário ter em mãos toda a documentação de matrícula na escola, além da comprovação de reserva financeira obrigatória.

O visto é emitido na Irlanda, na chegada do estudante. Inicialmente, é dada uma permissão temporária de até um mês. Após esse período, o intercambista deve procurar algum escritório de imigração no país com toda a documentação necessária e solicitar o visto de oito meses.

Entre os documentos necessários: comprovante de matrícula em curso com carga horária de ao menos 15 horas semanais, carta da escola, seguro viagem e comprovação de € 3 mil. Para tirar o visto é necessário pagar € 300.

Melhores cidades para fazer intercâmbio

A lista é bem interessante. O país é uma ilha, de território pequeno, e conta com municípios também pequenos.

A capital Dublin é o principal destino de intercambistas e tem apenas 500 mil habitantes, sendo a mais povoada. Há diversas opções de escolas e muitos brasileiros por lá.

Outras cidades interessantes são Cork (120 mil habitantes) e Galway (80 mil habitantes). São destinos menos procurados por brasileiros, pois as escolas são mais caras. A vantagem é uma atmosfera mais multicultural.

No interior, Limerick desponta como um excelente destino universitário, com muita cultura e uma juventude vibrante. A cidade tem menos de 100 mil habitantes e também é pouquíssimo procurada por brasileiros.

Quem gosta de sossego, pode escolher Bray, uma cidadezinha praiana, com menos de 30 mil habitantes. Com menos opções de lazer, também há menos oportunidades de trabalho.

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