Cidades

Infectologista adverte para beijação no carnaval: 'O momento é mais propício às doenças'

BEIJO - CARNAVALMais do que comum nesta época do ano, o beijo também o principal meio de transmissão da mononucleose, uma doença viral que, em geral, não é grave, mas pode tirar o brilho da festa.  A “doença do beijo” é assim chamada porque os principais reservatórios do vírus Epstein-Barr (EBV) estão na saliva. Ou seja, a troca dela na beijação carnavalesca torna a chance de transmissão alta. Cerca de 80% da população adulta no país já teve contato com o EBV, mas muitos casos passaram despercebidos, porque foram confundidos com uma gripe forte ou, simplesmente, não apresentaram sintomas. “O EBV penetra na orofaringe, cai no tecido linfático e se multiplica no fígado, no baço, nos pulmões e na medula óssea. Alguns pesquisadores acreditam que as parótidas (glândulas localizadas no pescoço) servem de “santuário” do vírus, justificando, dessa forma, a presença na saliva” detalha a infectologista Danielle Provençano. Os principais sintomas são febre, dor muscular, cansaço, manchas no corpo, gânglios aumentados de tamanho, dor de garganta, cefaleia e perda de apetite. Ao ser examinado, o paciente apresenta também aumento do fígado e do baço. Ao contrário do que as músicas falam no carnaval, Marise Fonseca, professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, dá a dica: nada de ficar beijando todo mundo estes dias. “Quanto mais exposto você tiver, mais riscos terá de ficar doente. Esta é uma geração que tem por característica contar quantos beijos foram dados na festa. O momento, claro, é mais propício ao encontro amoroso. E às doenças”, explicou.
BN

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