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Imposto sindical obrigatório pode ser três vezes maior que o anterior

A administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja reintroduzir a contribuição sindical obrigatória para os trabalhadores. Conforme a proposta do Ministério do Trabalho, essa contribuição estaria ligada a acordos de aumento salarial intermediados por sindicatos, firmados entre empregadores e empregados.

O documento já está em fase avançada de deliberação dentro do governo e tem a possibilidade de ser apresentado ao Congresso Nacional no mês de setembro.

De acordo com um esboço da proposta, modificado pelas entidades sindicais, o limite para a nova taxa, é que ela não ultrapasse 1% da renda anual do trabalhador, a ser deduzida diretamente do salário.

Segundo especialistas, essa quantia poderia representar até três dias e meio de trabalho. Antes das alterações trazidas pela reforma trabalhista, que transformou a contribuição em uma escolha, estava em vigor o imposto sindical, equivalente a um dia de trabalho, retirado anualmente.

Para o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o novo formato difere do antigo imposto sindical. No entanto, ele argumenta que, sem fontes de receita, os sindicatos se tornam menos robustos devido à falta de recursos.

“Não existe mais imposto sindical obrigatório. Mas uma democracia precisa ter um sindicato forte. O que está em debate é criar uma contribuição negociável. Se o sindicato está prestando um serviço, possibilitando um aumento salarial, é justo que o trabalhador não sindicalizado pague a contribuição. Se ele não aceitar pagar a taxa, é só ir à assembleia e votar contra”, declarou o ministro ao O GLOBO.

Conforme informações do Bahia.Ba, Marinho afirma que a proposta ainda não foi encaminhada para a Casa Civil, mas tem o respaldo de Lula. A intenção é submeter o projeto à apreciação do presidente até o final de agosto. O presidente já expressou de maneira pública seu respaldo a um novo formato de contribuição sindical.

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