Filantropia criminosa e o caos em alguns hospitais no estado da Bahia, por Magno Bastos

Um hábito antigo, que por vezes até nos parece ter se tornado uma política pública, equivocada, aliás, tem desgastado ainda mais os custos dos municípios com relação à Urgência e Emergência, já que a legislação indica que estes devem investir no mínimo 15% de sua arrecadação com a saúde, porém com a saúde de Atenção Básica, que caso seja bem atendida, não “haverá”, a necessidade de investimentos exacerbados na etapa posterior.
Mas como investir com eficácia na Atenção Básica, se os municípios estão arcando em demasia com a Urgência e Emergência, sobretudo em decorrência de algumas filantropias irresponsáveis ratificadas mediante convênios entre o Governo do Estado e algumas instituições.
Não são raras as notícias de hospitais que estão fechando ou funcionando em decadência e gerenciados por instituições filantrópicas. Filantropia que no sentido próprio da palavra, conforme destaca Aurélio, significa não obter lucros.
Qual presidente de instituição filantrópica que você conhece que está com dificuldades financeiras? Que instituição filantrópica que você conhece que está quebrada? A quem interessa manter esse esquema de repasse de verbas públicas para estas instituições gerenciarem o que é de responsabilidade do Estado? Questionamentos que ficam sem respostas.
O governador Rui Costa, anunciou na semana passada o planejamento da atual gestão para o financiamento da saúde e o Secretário da Saúde do Estado, Fábio Villas Boas, ratificou a proposta de de 31 consórcios em cidades com unidades da Rede Estadual de Saúde, para prefeitos de municípios em reunião na União dos Municípios da Bahia (UPB), no Centro Administrativo (CAB), em Salvador.
Principal hospital das regiões do Vale do Jiquiriçá e Recôncavo Sul Baiano, o Hospital Regional de Santo Antonio de Jesus que levou mais de quinze anos para ser construído, enfrenta dificuldades sob a responsabilidade da Fundação José Filgueira. Magno Bastos / Criativa Online