Cotidiano

Empresário envolvido em batida que matou idoso deixou o Brasil após ter prisão decretada

A polícia diz que Justo estava embriagado e dirigia em alta velocidade no dia do acidente.

219451O empresário Luciano Justo, acusado de provocar um acidente que matou um idoso em Araçatuba (SP), no dia 12 de março, saiu do país após ter a prisão decretada, segundo documento da Polícia Federal. A polícia diz que Justo estava embriagado e dirigia em alta velocidade no dia do acidente, quando bateu no carro do comerciante Alcides José Domingues, 69 anos, que morreu na hora. A advogada Gabriela Prioli Della Vedova, que defende Justo, disse à TV Tem, afiliada da TV Globo, que seu cliente não fugiu do país. Mas o documento da PF registra que Justo viajou no dia 16 de março em um avião particular, só com o RG, sem passaporte. Dessa maneira, só é possível ingresso em países do Mercosul, mas o documento não menciona para qual país o empresário foi. No dia 21 de março, foi protocolada ordem judicial para suspender a validade do passaporte do empresário. Por quase duas semanas, Luciano foi considerado foragido.
cats
Ele reapareceu somente depois que o decreto de prisão contra ele foi revogado. No dia do acidente, Luciano chegou a ser preso, mas foi liberado horas depois após pagar R$ 17 mil de fiança. A polícia entendeu que o caso se tratava de homicídio sem intenção de mata,r mas o Ministério Público mudou a denúncia para homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. O promotor pediu a prisão preventiva do suspeito. “Ele tinha plena consciência de que poderia matar alguém e poderia ter matado outras pessoas, além desta vítima”, diz o promotor Adelmo Pinho. O Mustang de Justo estava entre 140 km/h e 150 km/h, segundo perícia. Antes do acidente, ele passou a tarde bebendo com amigos em um bar – em seis horas, foram 56 chopes e três cervejas. Funcionários relataram que ele saía, ia dar uma volta com os amigos e voltava para beber. A polícia ainda descobriu que o carro dele era equipado com um dispositivo que aumenta a potência do motor. O empresário ficou calado durante seu depoimento. A polícia ainda aponta que o equipamento que dá potência ao motor foi retirado do carro por parentes e amigos de Luciano na noite do acidente. Dois familiares dele são acusados de adulteração de provas. “Meu pai não vai voltar, mas a gente gostaria e acredita muito que vai ocorrer realmente Justiça nesta situação”, disse o filho da vítima, Rodrigo Garcia, ao “Fantástico”.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios