A dengue está de volta, Brasil vive epidemia com mais de 55 mil casos
Controle do mosquito Aedes aegypti é a melhor forma de se prevenir da dengue.
O Brasil tem enfrentado uma epidemia de dengue, apensar da doença já possuir vacina, a prevenção ainda é melhor remédio. A cobertura vacinal da população ainda é baixa e deve levar ainda muito tempo até o que os públicos alvos estejam imunizados. A dengue é uma doença viral transmitida principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti.
Neste sábado (17), o Ministério da Saúde confirmou 94 óbitos em decorrência da doença, e investiga outros 381. Em 2024 já são 55.583 mil casos entre suspeitos e confirmados. Belo Horizonte decretou emergência.
Na Bahia são 13 municípios em situação de epidemia, Brejões, no Vale do Jiquiriçá está na lista. 6,3 mil casos prováveis da doença são investigados. Hoje o governador Jerônimo Rodrigues se reuniu com 43 prefeitos de cidades com epidemia ou em risco.
Como evitar a dengue?
A prevenção da dengue envolve principalmente a redução da exposição ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissores da doença, algumas medidas simples podem fazer toda a diferença e salvar vidas, as principais são:
Eliminar criadouros: Reduzir os locais onde os mosquitos depositam seus ovos. Esvaziar regularmente recipientes que acumulam água parada, como vasos de plantas, pneus, garrafas vazias e recipientes de água, é aconselhável também a utilização de água sanitária.
Proteção pessoal: Usar repelentes de insetos nas áreas expostas da pele e nas roupas, especialmente durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos são mais ativos. Roupas de manga longa e calças compridas também podem ajudar a reduzir a exposição.
Telas mosquiteiros: Instalar telas mosqueteiras em janelas e portas para impedir que os mosquitos entrem em casa, é também uma alternativa para se manter distante da doença.
Evite acúmulo de água: Certifique-se de que não há acúmulo de água em calhas, lajes, caixas d’água, piscinas, e outros locais, evitando assim a reprodução dos mosquitos. Ralos também podem acumular água, principalmente os pouco utilizados.
Cuidado com plantas: Evite o acúmulo de água em pratos de plantas e troque a água dos vasos regularmente.
Descarte adequado de lixo: Mantenha as lixeiras fechadas e descarte o lixo de maneira adequada, evitando que se tornem criadouros de mosquitos.
Cuidados com a piscina: Se tiver piscina em casa, mantenha-a limpa e clorada adequadamente.
Conscientização: Eduque a comunidade sobre a importância de prevenir a reprodução dos mosquitos, incentivando a participação ativa na eliminação de criadouros, o debate com vizinhos, familiares e amigos é crucial para a que a boa informação seja compartilhada.
Sintomas da dengue
Os sintomas de dengue podem variar de leves a graves, podendo a vítima infectada apresentar:
Febre: A febre é um sintoma característico da dengue e geralmente é alta, podendo chegar a 40 graus Celsius.
Dor de cabeça: Muitas pessoas com dengue relatam dor de cabeça intensa, que pode ser persistente.
Dor nos olhos: A dengue pode causar dor nos olhos, especialmente ao movê-los.
Dor muscular e nas articulações: Outro sintoma comum é a dor nos músculos e nas articulações, que é por vezes descrita como “dor quebra ossos”.
Fadiga: Sensação de cansaço e fraqueza é comum.
Erupções cutâneas: Alguns pacientes podem desenvolver erupções cutâneas na pele.
Náuseas e vômitos: Podem ocorrer náuseas e vômitos.
Dor abdominal: Alguns pacientes podem sentir dor abdominal intensa.
Em casos mais graves, a dengue para a forma hemorrágica, que pode levar a complicações sérias e exigir cuidados médicos urgentes. Se você suspeitar de dengue ou apresentar sintomas semelhantes, é importante procurar atendimento médico para um diagnóstico adequado e tratamento adequado.
Dengue hemorrágica
A dengue hemorrágica é uma forma grave da doença, os sinais e sintomas podem se manifestar após alguns dias do início da doença, entre eles estão:
Sangramento: Pode ocorrer sangramento de pequenos vasos sanguíneos sob a pele, resultando em manchas vermelhas ou roxas (petéquias ou equimoses). Sangramentos nas gengivas e no nariz também são comuns.
Dor abdominal intensa: A dengue hemorrágica pode causar dor abdominal severa.
Vômitos persistentes: Vômitos frequentes e persistentes podem ocorrer.
Sensação de sede extrema: Devido à perda de líquidos devido ao sangramento, a pessoa pode sentir uma sede intensa.
Pulso rápido e fraco: O pulso pode tornar-se rápido e fraco.
Pressão arterial baixa: A pressão arterial pode diminuir significativamente.
Dificuldade respiratória: A falta de ar pode se desenvolver à medida que a condição piora, e inchaço abdominal: O abdômen pode ficar inchado devido ao acúmulo de líquidos.
A dengue hemorrágica pode evoluir rapidamente e provocar óbito. Em casos graves, a pessoa pode entrar em choque.
Fatores de risco
Vários fatores podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver dengue ou experimentar uma forma mais grave da doença. Alguns dos principais fatores de risco incluem:
Exposição ao mosquito Aedes aegypti: A principal forma de transmissão da dengue é através da picada do mosquito Aedes aegypti. Indivíduos que vivem ou passam tempo em áreas onde esse mosquito está presente têm maior risco de contrair a doença.
História prévia de dengue: Pessoas que já tiveram dengue têm um risco aumentado de desenvolver formas mais graves da doença em infecções subsequentes, especialmente se forem infectadas por um sorotipo diferente do vírus.
Idade: Crianças pequenas e idosos têm maior probabilidade de desenvolver formas graves da doença.
Estado imunológico: Indivíduos com um sistema imunológico enfraquecido devido a condições médicas subjacentes, como HIV/AIDS ou doenças autoimunes, podem ter maior risco de complicações.
Gravidez: Mulheres grávidas podem ter complicações adicionais devido à dengue, incluindo a possibilidade de transmissão vertical do vírus para o feto.
Condições de saúde subjacentes: Pessoas com doenças crônicas, como diabetes ou hipertensão, podem ter um risco aumentado de complicações da dengue.
Condições socioeconômicas: Condições socioeconômicas precárias, como falta de acesso a água potável e saneamento básico, podem aumentar o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, a incidência da dengue.
Viagens para áreas endêmicas: Indivíduos que viajam para regiões onde a dengue é endêmica têm um risco aumentado de contrair a doença. É importante adotar medidas preventivas, como o uso de repelentes e proteção contra picadas de mosquito.
Riscos de automedicação