COVID-19

Covid matou mais de 31 mil baianos desde o início até o momento

Após um dos períodos mais festivos do ano, chegou à Bahia um dos maiores vilões da história do estado e também do país. Invisível, mortalmente letal, silencioso e que atingiu milhões de baianos. Em 2020, o estado conheceu uma das doenças mais sérias que já se ouviu falar: a Covid-19. Logo depois, esse vírus foi conhecido por todo o mundo, tornando-se uma pandemia, e neste mês de março, completa três anos que o vírus chegou ao estado. A primeira pessoa a apresentar os sintomas da Covid foi uma mulher de 34 anos, na época, moradora do município de Feira de Santana.

Por muitos considerado uma simples gripe, o coronavírus matou milhões de pessoas por todo o mundo. Somente aqui no Brasil, cerca de 699.310 pessoas morreram vítimas de Covid-19. Fazendo o recorte para a Bahia, segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 31.473 óbitos foram registrados desde março de 2020 até o momento. Ainda de acordo com o órgão, as cidades que lideram o ranking de mortes são: Salvador (9.088); Feira de Santana (1.216); Itabuna (809); Vitória da Conquista (753) e Camaçari (699). Além disso, de acordo com a Sesab, 59% das pessoas que faleceram tinham comorbidades, que é um dos fatores que agravam os sintomas da covid. Segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, mulheres com mais de 80 foram as maiores vítimas no estado, cerca de 4.233 morreram de covid. Já os homens, cerca de 4.209 não sobreviveram ao vírus.

Muitas famílias baianas ficaram sem mãe, pai, filhos e avós. A doença não fez distinção de gênero, cor ou classe social. Inúmeras estrelas brasileiras dentre cantores, atores e outros artistas perderam a luta para o coronavírus. Ainda com um número de óbitos que chama a atenção, é possível soltar o respiro de alívio, após ver a quantidade de pacientes que conseguiram se recuperar. De acordo com a Sesab, cerca de 1.793.882 casos foram registrados da doença, no entanto, deste total, 1.761.769 pessoas foram curadas. Mesmo diante do número de recuperados, alguns dos que sobreviveram até hoje carregam marcas deixadas pela doença, mais conhecidas como sequelas.

Fazendo parte dessa estatística dos sobreviventes está a funcionária doméstica, Elizete Maria de Jesus, de 52 anos. Ela, que esteve internada por ter contraído a Covid-19 conta como foi todo o processo. “Eu só tive covid uma vez, no mês de maio vai fazer três anos. Meus sintomas foram graves, pois tenho problema de pressão alta e também sou gordinha. Os sintomas que mais tive foi muita falta de ar, tosse e dor de cabeça. Eu até cheguei a ir para a UTI, mas saí. A sequela que tenho é o esquecimento, depois da covid passei a esquecer muita coisa. Já tomei até a terceira dose da vacina e depois não tive mais covid, graças a Deus”, relatou.

Fadiga, dor, tontura, perda de memória, falta de ar, enxaqueca e perda do paladar e olfato são algumas das sequelas que o coronavírus deixa nos pacientes que se recuperaram da doença, segundo a Rede de Pesquisa Solidária realizada por pesquisadores da Fiocruz e de universidades. A recepcionista Diana Costa (46) e o esposo, André Nunes (48), contraíram a Covid-19 em fevereiro de 2021. Ela conta quais foram os sintomas de ambos. “Nossos sintomas foram dor nas costas, febre, dor no corpo e leve falta de ar. Meu esposo em específico teve alucinações. Mesmo com esses sintomas, não fomos parar no hospital. Eu já havia tomado a primeira dose da vacina e peguei a Covid-19, mas meu esposo ainda não tinha se vacinado quando ele teve os sintomas. Depois que se vacinou, ele não teve mais Covid-19. A sequela que ficou foi a perda de memória”, disse.

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