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Como multiplicar seu dinheiro

Professor do ISAE – Escola de Negócios dá dicas de investimento para quem não entende muito do assunto.

economizarFinda-se um ano, inicia-se outro. As promessas foram feitas e manter o compromisso com 2018 é uma missão diária. Principalmente quando o combinado inclui gastar menos e economizar mais. Porque parece tão complicado mexer um pouquinho nas finanças para que o ano seja menos apertado? De acordo com o Aleksander Kuivyogi Avalca, professor de finanças do ISAE – Escola de Negócios, o primeiro e mais importante passo para conseguir progredir com os planos de guardar dinheiro é trabalhar a mentalidade financeira e planejar algum tipo de investimento.

 

“Nosso ciclo financeiro acaba funcionando da seguinte forma: recebemos e pagamos aluguel, prestações, condomínio e diversas outras contas. Acabamos esquecendo de pagar a nós mesmos investindo no futuro”, comenta o professor. De acordo com o especialista, para conseguir economizar – ou mesmo investir – é necessário, antes de tudo, equilibrar presente e futuro. Pensar no dinheiro de agora e traçar uma meta para que ele cresça mais para frente. Por isso, a forma mais prática de dar o primeiro passo é guardar 10% do salário no mesmo dia em que ele cair na conta. “Isso faz com que a prática vire um hábito, pois é perfeitamente possível viver com 90% da sua renda”, aconselha.

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Feito isso, o dinheiro pode ser inicialmente guardado em uma poupança, apenas para exercer a ação de separar a porcentagem do salário. “Porém, se o objetivo é fazer com que as economias comecem a multiplicar, a poupança é o pior dos investimentos, pois é o que menos rende. O conselho é deixar apenas um dinheiro de reserva, em torno de R$ 2 mil a R$ 5 mil para emergências, pois o valor pode ser retirado a qualquer momento”, detalha Avalca.

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E para facilitar um pouco a vida de quem pretende organizar melhor as finanças, mas não sabe por onde começar, Avalca traz algumas dicas importantes sobre investimentos, que podem, inicialmente ser divididos em três categorias: de curto prazo (economia de 12 meses para viajar ou comprar algo no final do ano), de médio prazo (economia de 2 ou 3 anos para comprar algo mais caro como um carro, um apartamento ou uma casa) e de longo prazo (sem tempo determinado, tem o objetivo de incorporar a aposentadoria. É uma economia para não depender de fundo de garantia ou previdência, por exemplo).

 

Aqueles 10% que foram separados do salário devem estar no investimento a longo prazo. Tudo que for possível economizar a mais, pode ser utilizado para incorporar as outras reservas. “Para os iniciantes, o mais indicado é investir em Renda Fixa, como Certificados de Depósito Bancário (CDB) e Tesouro Selic”, sugere o especialista.

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O CDB pode ser encontrado no próprio banco em que você possui conta. Esse investimento é um título de renda fixa do tipo crédito privado, oferecido por bancos. Isso quer dizer que você empresta dinheiro ao banco e eles te devolvem com juros, que serão definidos de acordo com o valor aplicado, o prazo do CDB e a situação financeira do banco. Esse tipo de aplicação já rende mais do que a poupança, por exemplo. A facilidade é poder colocar e retirar o dinheiro quando quiser. A única ressalva é o desconto do Imposto de Renda – quanto mais tempo deixar, menor será o IR. E caso a quantia seja retirada dentro de 30 dias, há o desconto Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Cada banco tem regras e funcionamentos diferentes, mas no geral, o processo acaba sendo bem parecido com a poupança. Você transfere dinheiro para o CDB de um caixa eletrônico ou pela internet e não precisa necessariamente ser todo mês. Você deposita quando tiver”, explica.

 

Já o Tesouro Selic é um título atrelado à taxa de juros básicos da economia, oferecido pelo Tesouro Direto, um programa do Tesouro Nacional que vende títulos públicos federais para pessoas físicas, pela internet. O objetivo é democratizar o acesso aos títulos públicos, uma vez que a aplicação mínima pode ser de apenas R$ 30. “É uma espécie de empréstimo que você faz para o governo e ele te paga o valor com determinado retorno. Também é uma alternativa interessante, visto que trabalha com a mesma flexibilidade para a inserção e retirada de dinheiro, possui um valor baixo para o investimento mínimo e ainda rende mais do que a poupança”, comenta.

 

Ambos os investimentos, tanto o CDB quanto a Selic, tem o pagamento do Imposto de Renda detido direto na fonte. Ou seja, quando o dinheiro for recuperado, haverá o desconto em cima do valor rendido. “Mesmo assim, ainda são investimentos muito válidos para quem quer começar a planejar melhor vida e, dessa vez, com um maior foco no futuro”, completa Alvaca. Isabelle Kolb

 

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